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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Circuito Tela Verde amplia até dia 20 prazo para receber vídeos socioambientais






O Ministério do Meio Ambiente (MMA) ampliou, para 20 de dezembro, o prazo para envio de vídeos socioambientais que serão selecionados para a 5ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente - Circuito Tela Verde, que acontecerá no primeiro semestre de 2014. A mostra tem como objetivo divulgar e estimular atividades de educação ambiental, participação e mobilização social por meio da produção independente audiovisual.

Para o diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA) do MMA, Nilo Diniz, toda a iniciativa, desde a elaboração dos vídeos, as exibições e as discussões na mostra nacional, integra o processo educativo, com sensibilização, informação e mobilização. Ele também destaca a importância dos participantes, além de preencher as fichas, de enviar os documentos e entregar os vídeos diretamente no MMA ou pelos Correios. “Só assim as inscrições serão validadas”, esclarece. Apenas os vídeos postados até 20 de dezembro participarão do processo seletivo.


Participantes

Os vídeos podem ser curtas, vinhetas, animações, produzidos a partir de filmadoras, câmeras de celular, digitais ou qualquer outro equipamento que capture imagem e som. Escolas, redes de meio ambiente e educação ambiental, estruturas educadoras, entidades da sociedade civil, comunidades e produtores podem participar. O Circuito Tela Verde envolve anualmente mais de mil espaços exibidores em todo o País, atendendo à demanda por materiais pedagógicos multimídias sobre a temática socioambiental.

Os vídeos selecionados farão parte de um kit formado também por cartazes e orientações para realização da mostra. Receberão o material as instituições interessadas em exibir os filmes, chamadas de espaços exibidores, que já estão cadastradas no MMA. São 1,5 mil em todo país.

O Circuito Tela Verde é uma iniciativa dos ministérios do Meio Ambiente, e da Cultura, por intermédio da Secretaria do Audiovisual. As edições já exibiram mais de 190 filmes para quase 400 mil pessoas. O público do circuito é formado, em geral, por estudantes de todos os níveis - fundamental, médio e superior - professores, ambientalistas, servidores públicos, representantes de movimentos sociais, técnicos e funcionários de instituições ou empresas privadas.


5ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente - Circuito Tela Verde.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente.



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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

COP de Varsóvia chega ao fim com avanços rumo ao acordo global sobre clima


Foto de divulgação do PNUMA



A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 19), na Polônia, foi encerrada no sábado com avanços na direção ao acordo global sobre clima em 2015 e outras decisões importantes para a redução de emissões de gases do efeito estufa no desmatamento. “Varsóvia definiu o caminho para que governos possam trabalhar na versão preliminar de um novo acordo global a tempo da próxima Conferência, no Peru, no ano que vem. Este é uma etapa essencial para chegar ao acordo final em Paris, em 2015”, afirmou o presidente da COP 19, Marcin Korolec.

No contexto de 2015, as nações concordaram em iniciar ou intensificar a preparação das contribuições nacionais para o acordo, que deverá entrar em vigor em 2020. Os planos que estiverem prontos serão apresentados até o primeiro trimestre de 2015, antes da COP de Paris. Também se chegou ao consenso de que os países intensificarão o trabalho para reduzir a lacuna de emissões até 2020.

A conferência também decidiu pela criação de mecanismo que ofereça proteção maior para as populações mais vulneráveis às mudanças climáticas. O Mecanismo Internacional de Varsóvia para Perdas e Danos começará a ser construído no ano que vem.

Vimos um progresso essencial. Mas reforço que estamos testemunhando eventos climáticos extremos com uma frequência cada vez maior, e os mais pobres e vulneráveis pagam o preço. Agora os governos, em especial dos países desenvolvidos, têm que fazer seu dever de casa para colocar seus planos em prática a tempo da conferência de Paris”, lembrou a Secretaria-Executiva da Convenção Quadro da ONU para Mudanças Climáticas (UNFCCC), Christiana Figueres.


Fonte: PNUMA.



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Cooperação bilateral Brasil-Suécia promove seminário sobre poluentes químicos orgânicos


Imagem meramente ilustrativa



Promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Cooperação Bilateral entre Brasil e Suécia, o Seminário sobre Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) acontece em Brasília entre os dias 25 e 27 de novembro.

Realizado na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o evento conta com a participação da Agência Reguladora de Produtos Químicos (Kemi), do Ministério do Meio Ambiente da Suécia, como entidade instrutora. Os principais objetivos são a capacitação de técnicos em GHS e a troca de conhecimentos e expertises entre a Suécia, país com notória compreensão sobre o assunto, e o Brasil.

Durante o evento serão debatidos temas no âmbito dos programas de sensibilização e educação do Projeto de Desenvolvimento do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs). O GHS faz parte de um acordo internacional que não tem instrumentos legalmente vinculantes e que foi criado pela ONU em 2003, após ter sido iniciado na Rio 92. Além disso, o seminário também é voltado para a identificação das características físico-químicas como persistência, toxicidade e bioacumulação e os perigos à saúde e ao meio ambiente decorrentes de produtos químicos.


Fonte: PNUMA.



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terça-feira, 26 de novembro de 2013

Prêmio Socioambiental Chico Mendes 2013






O Projeto Taquarussu: uma Fonte de Vida recebeu, neste mês, o Selo Verde do Prêmio Socioambiental Chico Mendes 2013, do Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabilidade Ambiental Chico Mendes. O trabalho está no âmbito do Programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA) e é realizado pela companhia Foz Saneatins em parceria com a ONG The Nature Conservancy (TNC), a Fundação O Boticário, a própria ANA, entre outras instituições.

A iniciativa participou da categoria Ações e Cases de Natureza Socioambiental da premiação, que busca demonstrar como as empresas podem, por meio de boas práticas, ajudar a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Dos mais de mil trabalhos inscritos, somente 50 foram premiados.

Promover o manejo sustentável da sub-bacia do ribeirão Taquarussu, responsável por 66% do abastecimento de Palmas, é o objetivo do Projeto Taquarussu: uma Fonte de Vida. A ação atua em conjunto com proprietários rurais, incentivando práticas de conservação e recuperação ambiental para melhorar a qualidade de vida e a quantidade de água na sub-bacia hidrográfica.

Os agricultores familiares que aderirem ao projeto, preservando matas ciliares do ribeirão, serão considerados produtores de água e receberão uma compensação pelo trabalho prestado em prol do meio ambiente. A primeira etapa da iniciativa, de diagnóstico da área, foi concluída. As instituições que realizam o Projeto Taquarussu: uma Fonte de Vida agora buscam novos investidores para o pagamento pelos serviços ambientais, aliando a geração de renda e a criação de novos postos de trabalho à preservação ambiental.

Também participam do projeto a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Tocantins (Semades), a Prefeitura Municipal de Palmas, a Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) e o Instituto Luterano de Ensino Superior (Ulbra).


Projeto Taquarassu


Fonte: Ministério do Meio Ambiente.



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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Comitê Nacional de Zonas Úmidas cria novas zonas no Brasil e plano da bacia do Paraguai


Imagem meramente ilustrativa



O Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU) vai propor debate sobre a Proposta de Classificação e Inventário das Zonas Úmidas no Brasil - demanda que consta do Plano Estratégico de Ramsar 2009-2015 - durante sua 12ª Reunião Ordinária do CNZU, marcada para esta terça-feira (26/11), em Brasília. De acordo com Maurício Pompeu, o Sistema de Classificação e o Inventário das Zonas Úmidas são ferramentas básicas para a formulação de políticas e conservação dessas áreas. O programa leva o nome da cidade iraniana onde se realizou a primeira conferência sobre o tema, em 1971.

O colegiado, coordenado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), tem como funções propor diretrizes e ações para internalizar a Convenção no Brasil, avaliar a inclusão de novos Sítios Ramsar e subsidiar a participação do país nas Conferências das Partes de Ramsar, dentre outras responsabilidades, explica o analista ambiental da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros da SBF/MMA, Maurício dos Santos Pompeu.

No colegiado também será apresentado o projeto de elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Região Hidrográfica do Paraguai, sob coordenação da Agência Nacional de Águas (ANA). O plano, segundo Pompeu, deverá orientar as políticas de recursos hídricos nacional e estaduais da região, em especial de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde se insere uma das mais importantes zonas úmidas do mundo, o Pantanal Matogrossense.

Durante a reunião, a SBF informará sobre prováveis indicações de novos Sítios Ramsar no Brasil (áreas úmidas de importância internacional). Este trabalho resulta da implantação da Recomendação CNZU nº 5/2012, que fixa a meta de designação de pelo menos dez novos Sítios Ramsar no Brasil até 2017.

Atualmente, existem no Brasil 12 sítios Ramsar, reconhecidos internacionalmente pela Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional. A Convenção de Ramsar é um tratado intergovernamental, que estabelece marcos para ações nacionais e para a cooperação entre países com o objetivo de promover a conservação e o uso racional de zonas úmidas no mundo.


Programação


Fonte: Ministério do Meio Ambiente.



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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente


Foto de divulgação do MMA - clique para ampliar



Começa neste sábado (23/11) a etapa nacional da 4ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) em Luziânia, cidade do entorno do Distrito Federal. Um total de 673 estudantes de 11 a 14 anos, que foram eleitos delegados nos Estados, vão se reunir para propor ações que ajudarão a tornar as escolas ambientes mais sustentáveis. Deste total, 81 estudantes representam a diversidade (indígenas, quilombolas e de assentamentos).

Milhões de estudantes estão representados, desde a conferência nas escolas, chamando o País a fortalecer a democracia participativa e a sustentabilidade socioambiental”, enfatiza o diretor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Nilo Diniz.

Promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, a 4ª CNIJMA tem como proposta fortalecer a educação ambiental nas comunidades escolares e nos sistemas de ensino com a participação ativa das escolas na construção de políticas públicas. A proposta é que, ao final do evento, as ações e projetos criados pelas escolas tenham continuidade.


Coletivos de Juventude 

Estarão presentes na etapa nacional os estudantes eleitos, coordenadores dos estados, professores e técnicos dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação. A etapa nacional também conta com a participação de jovens entre 18 e 29 anos, representantes de Coletivos Jovens de Meio Ambiente (CJs), que atuarão como facilitadores. Eles já estão reunidos em Luziânia, realizando oficinas preparatórias, desde o dia 17 de novembro. Os jovens fazem parte de coletivos de juventude que atuam na área socioambiental em todo o Brasil e participaram no processo de mobilização, formação e realização das etapas locais.

As etapas que antecederam a fase nacional mobilizaram estudantes de todo o Brasil, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, público e privado, de escolas urbanas e rurais. Foi uma oportunidade de promover o debate sobre a sustentabilidade escolar no currículo, na gestão e no espaço físico e construir projetos de ação para transformar a escola em um espaço sustentável.

As conferências estaduais reuniram escolas que criaram projetos de educação ambiental dentro da temática “Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis”, com base nos quatro subtemas: terra, água, fogo e ar. A fase correspondeu à última etapa preparatória para a nacional. Durante os encontros estaduais, foram levantados os projetos que serão trazidos à nacional e eleitos os delegados que representam cada Estado. 


Recorde 

Antes das conferências estaduais, ocorreram as municipais e regionais, que eram facultativas. A etapa das escolas superou os números alcançados nas edições anteriores, com a participação com 17.457 instituições. Nesta etapa também foram eleitos os representantes para a fase estadual.

A primeira edição da Conferência, em 2003, contou com 15.452 escolas; a segunda, em 2005/2006, foi realizada em 11.475 escolas. Em 2009, o evento mobilizou 3,5 milhões de estudantes, educadores e comunidades. Além de crianças e jovens, a 4ª Conferência também reúne e discute com professores e membros das comissões organizadoras estaduais, totalizando 1.070 participantes.


Guia do Participante e Programação.


TRANSMISSÃO AO VIVO


Fonte: Ministério do Meio Ambiente.



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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Manual de Gestão Ambiental para micro e pequenas empresas - FIRJAN


Imagem meramente ilustrativa



Promovido pelo Sistema FIRJAN - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, o ciclo de palestras gratuitas sobre gestão ambiental com foco em micro e pequenas empresas chegou ao fim nesta segunda-feira, 18 de novembro, com a realização do Seminário Gestão Ambiental na Cadeia de Valor da Indústria, na sede da federação, no Rio.

O seminário reuniu empresas de todos os portes e de diversos níveis de maturidade em gestão da sustentabilidade para discutir os desafios e oportunidades da gestão ambiental promovida por empresas pioneiras – como Petrobras, Dow Chemical e Votorantim – junto a seus vários stakeholders, especialmente seus fornecedores.

Em todos os eventos que fizeram parte do ciclo de palestras, foi distribuído aos participantes o Manual de Gestão Ambiental para Micro e Pequenas Empresas, produzido pela Gerência de Meio Ambiente do Sistema FIRJAN.

Com o fim do ciclo, a publicação permanece disponível no formato digital.



Fonte: FIRJAN - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.



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Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil - 2013


Imagem ilustrativa



A edição 2013 do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos está disponível no site da Agência Nacional de Águas (ANA). A publicação traz o retrato atualizado das condições, usos e gestão das águas nas bacias hidrográficas brasileiras, além de apresentar os avanços na gestão dos recursos hídricos no País. Por atribuição estabelecida na Resolução nº 58/2006 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), a cada quatro anos a ANA elabora o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, com a publicação anual de informes que atualizam o seu conteúdo.

O Relatório é o resultado do trabalho feito com uma rede de cerca de 50 instituições, por isso, disponibiliza a informação mais atual possível de forma que o ano de referência dos dados não é sempre o mesmo. Entre a rede de instituições que participam da elaboração do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, estão os órgãos gestores estaduais de meio ambiente e recursos hídricos, além de órgãos federais, como a Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


Destaques sobre a situação dos recursos hídricos:

Chuvas: a precipitação média anual (histórico de 1961-2007) no Brasil é de 1.761 mm, variando de 500 mm no semiárido do Nordeste a mais de 3.000 mm na Amazônia. O exame dos mapas de chuvas e dos dados (1961 a 2007) revela que em 2009 a chuva média no País excedeu em mais de 15% o valor médio histórico, em cinco regiões hidrográficas. Outras quatro regiões hidrográficas também registraram valores acentuados, entre 10 e 15%. Em compensação, em 2012 a chuva média no País foi de 1.651 mm, abaixo da média histórica e cinco regiões hidrográficas tiveram médias bem abaixo da média histórica (pag. 41);

Água doce superficial: apesar de o Brasil possuir 13% da água doce disponível do planeta, a distribuição é desigual, pois cerca de 80% estão concentrados na Região Hidrográfica Amazônica, onde está o menor contingente populacional, pouco mais de 5% da população brasileira, e a menor demanda, enquanto na Região Hidrográfica do Atlântico Leste, onde se localizam quase 8% da população e as capitais Aracaju e Salvador, por exemplo, estão menos de 0,4% das águas dos rios (pag. 45);

Água doce subterrânea: A reserva subterrânea potencial explotável no Brasil (disponibilidade hídrica subterrânea) é de 11.430 m³/s. As águas subterrâneas abastecem 39% dos municípios brasileiros (pág. 58/63);

Reservatórios: os reservatórios desempenham papel importante na gestão dos recursos hídricos. Além de armazenar água nos períodos de chuva, contribuindo para o controle de cheias em alguns casos, eles podem liberar parte do volume armazenado em épocas de seca, aumentando a oferta de água. O Brasil possui 3.607 m³ por habitante de volume máximo disponível para armazenamento de água. Esta estimativa é superior a vários continentes, só perdendo para o volume armazenado pela América do Norte, de 5.660 m³ por habitante. Os 254 principais reservatórios do Nordeste (com capacidade igual ou superior a 10 hm³) sofreram um decréscimo de 20,31% no volume de armazenamento em 2012, por causa dos baixos índices de chuvas. (pág. 49, 52);

Demandas: a demanda de água corresponde à vazão de retirada, ou seja, à água captada para atender os diversos usos consuntivos (fora do rio). Parte dessa água é devolvida ao ambiente depois do uso (vazão de retorno). A água não devolvida (vazão de consumo) é a diferença entre a vazão de retirada e a vazão de retorno. Verificou-se que em 2010, em comparação com 2006, houve aumento de cerca de 29% da vazão de retirada total de águas dos rios, passando de 1.842 m³/s para 2.373m³/s, principalmente devido à irrigação, que passou de 866m³/s para 1.270 m³/s (47% do total). Já a vazão de consumo passou de 986 m³/s para 1.161 m³/s, aumento de 18%. Portanto, em 2010 a irrigação foi responsável por 72% da vazão consumida; o uso dos animais por 11%; o uso urbano por 9%, o industrial por 7% e o rural (o consumo das pessoas e a não a atividade agrícola) por 1% do total consumido (pág. 89);

Irrigação: segundo a FAO, o Brasil está entre os quatro países com maior área potencial para irrigação. A área irrigada projetada para 2012 foi de 5,8 milhões de hectares ou 19,6% do potencial nacional de 29,6 milhões de hectares. Considerando a relação área irrigada e total cultivadas, as regiões hidrográficas Atlântico Sul e Atântico Sudeste apresentam o mais elevado percentual de irrigação, com 19,4% e 24,02% em 2012. As regiões São Francisco e Atântico Nordeste Oriental também se destacam com irrigação em 17,8% e 14% da área total cultivada em 2012, enquanto a região Amazônica apresenta o menor percentual, de 1,6%. Embora possua a maior área irrigada, a região do Paraná apresenta apenas 7,5% de sua área cultivada sobre irrigação, abaixo da média nacional de 8,6% (pág. 94);

Indústria: é o terceiro maior uso do País em termos de vazão de retirada dos rios e o quarto em consumo. Em algumas bacias corresponde ao principal uso da água (na Bacia do Tietê, por exemplo, respondendo por 45% da vazão de retirada da bacia). Este uso é mais concentrado nas Regiões Hidrográficas do Paraná, Atlântico Sudeste e nas cabeceiras do São Francisco, onde de se concentra a maior parte da mão de obra e a infraestrutura para o escoamento da produção (portos, malha viária, aeroportos) e mercado consumidor. Essas regiões concentram 80% das outorgas (licenças) emitidas para uso industrial. A fabricação de celulose, papel e produtos de papel, metalurgia básica são os usos indústria com maior número de outorgas nos rios da União (pág. 117);

Hidroeletricidade: Segundo a Aneel, o País possui 1.061 empreendimentos hidrelétricos, sendo 407 centrais de geração hidrelétrica (CGH), 452 pequenas centrais hidrelétricas (PCH) e 205 usinas hidrelétricas (UHE). A hidroeletricidade representa 70% de toda a capacidade instalada. Entre 2009 e 2012, 28 importantes aproveitamentos hidrelétricos (UHE) entraram em operação gerando um total de 4.787,21 (MW), dos quais 1.463,03 MW foram gerados em 2012, quando houve um acréscimo de 3.972 MW na capacidade total do sistema, sendo 1.843 referentes à geração hidrelétrica (Pág.121);

Qualidade das águas: considerando os valores médios de IQA (Índice de Qualidade da Água) nos 2001 pontos de coleta (em 17 estados) no ano de 2011, observou-se condição ótima em 6% dos pontos de monitoramento, boa em 76%, regular em 11%, ruim em 6% e péssima em 1%. Águas com condições ótima, boa e regular são próprias para o abastecimento público após tratamento convencional. Águas ruins ou péssimas são impróprias para o abastecimento público e necessitam de tratamentos mais avançados e estão localizadas em corpos hídricos que atravessam áreas urbanas densamente povoadas. Quando considerados apenas os 148 pontos de monitoramento dessas áreas, o percentual de pontos péssimos sobe para 12% e de ruins, para 32%. Entre as bacias que apresentaram mais número de pontos com melhorias (entre 2001 e 2011) estão as bacias do Tietê (34% dos pontos) e do Paraíba do Sul (24%), em ambos os casos a razão da melhora são investimentos em coleta e tratamento de esgoto (pag. 70);

Saneamento: Segundo informações do Censo Demográfico do IBGE de 2010, o Brasil possui 90,88% e 61,76% da população urbana atendida por rede geral de água (existência de rede, não necessariamente de água) e por rede coletora de esgoto, respectivamente. Comparados com as informações de 2000, houve manutenção da cobertura de rede de abastecimento de água e aumento de cerca de 8% da cobertura de rede de esgoto. Houve aumento de 20% para quase 30% no percentual de esgoto tratado com relação ao coletado, na comparação entre 2000 e 2008, mas ainda há acentuadas diferenças entre as regiões, com índices de tratamento de 78,4% em São Paulo e de 1,4% no Maranhão, por exemplo. As regiões hidrográficas Tocantins-Araguaia, Amazônica, Atlântico Nordeste Ocidental e Parnaíba possuem os piores índices de abastecimento urbano de água e coleta e tratamento de esgotos. As regiões hidrográficas do Paraná, Atlântico Sudeste, São Francisco e Atlântico Leste possuem os melhores índices com relação a coleta de esgotos. Estima-se que são lançadas cerca de 5,5 mil toneladas de carga orgânica por dia nos corpos d’água brasileiros. As situações mais críticas são as das regiões metropolitanas, devido ao alto lançamento e reduzido potencial de diluição da vazão dos rios. Houve melhora devido a investimentos, que não resultaram suficientes (pág.101);

Balanço Hídrico: A Lei nº 9.433/1997, no seu artigo 3º, define a gestão sistemática dos recursos hídricos sem dissociação dos aspectos de quantidade e qualidade como uma das diretrizes para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. Nesse sentido, realizou-se o diagnóstico das bacias críticas brasileiras, considerando, de forma integrada, a análise de criticidade sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo. Como destaque, essa análise integrada revela que:

• Boa parte do País encontra-se em condição satisfatória quanto à quantidade e à qualidade de água. Destacam-se as RHs Amazônica, Tocantins-Araguaia e Paraguai;

• Na Região Nordeste ocorre grande ocorrência de rios classificados com criticidade quantitativa devido à baixa disponibilidade hídrica dos corpos d’água;

• Rios localizados em regiões metropolitanas apresentam criticidade quali-quantitativa, tendo em vista a alta demanda de água existente e a grande quantidade de carga orgânica lançada aos rios;

• No Sul do Brasil muitos rios possuem criticidade quantitativa, devido à grande demanda para irrigação (arroz inundado).


Destaques do quadro institucional e legal

Comitês de Bacia: Em 2012, havia 174 comitês de bacia hidrográficas (CBH) instalados no Brasil, sendo 164 em bacias de rios de domínio estadual e nove em bacias de rios de domínio da União, correspondendo a uma área total de 2,17 milhões de km² que cobre mais de 25 % do território brasileiro. Em Goiás, em 2012 foi instalado o CBH Rio Vermelho; no Rio de Janeiro, o CBH Baía da Ilha Grande; e em Tocantins foram instalados os seguintes CBHs: rio Manuel Alves da Natividade, rio Formoso do Araguaia e entorno do Lago de Palmas. Quanto aos Comitês Interestaduais, em 2012 houve a instalação do CBH do Rio Grande e a criação e instalação CBH do Rio Paranapanema (pág. 230);

Cobrança pelo uso da água: Em 2012, foram cobrados R$ 153,8 milhões e arrecadados R$ 144,9 milhões. Desde o início da cobrança pelo uso das águas nas bacias hidrográficas, em 2003, foram cobrados R$ 628,4 milhões e arrecadados R$ 562,9 milhões. A cobrança foi implementada nas seguintes bacias hidrográficas federais: Paraíba do Sul, rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), São Francisco e rio Doce. Os Comitês das bacias hidrográficas do rio Verde Grande e Paranaíba começaram a tratar das diretrizes da cobrança no âmbito de seus planos de recursos hídricos. Nas bacias hidrográficas de domínio dos estados, há cobrança em todas as bacias do Rio de Janeiro; no Ceará; nas bacias do Sorocaba, Médio Tietê e Baixada Santista; e nas porções paulistas do Paraíba do Sul e do PCJ. Em Minas Gerais, nos rios das Velhas, Araguari, Piranga, Santo Antônio, Suaçai, Caratinga, Munhuaçu e nas porções mineiras do PCJ em todos os afluentes do rio Doce. A Bahia cobra pelo fornecimento de água bruta dos reservatórios administrados, operados e mantidos pela Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (CERB) (pág. 240);

Planos de Recursos Hídricos: Dos 27 estados, nove ainda não contam com Planos de Recursos Hídricos (Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Rondônia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Com relação aos planos de bacia de rios interestaduais, já foram concluídos planos que atingem 51% do território brasileiro. Em 2012 foram iniciados os trabalhos para o plano da Bacia do rio Piranhas-Açu (pág. 277);

Usuários Cadastrados: Até o final de 2012, 130.524 declarações de usos de 65.049 usuários constavam do Cadastro Nacional de Usuários de Recursos Hídricos (CNARH), sendo 12% cadastrados em rios de domínio da União e 88% em rios de domínio dos estados (pág.313);

Outorgas e Certificações: Até julho de 2012, o total de outorgas (autorização para uso) acumulado foi de 204.607 nas bacias hidrográficas de domínio da União e dos estados. Em termos de vazão outorgadas, as licenças equivalem a 7.439,14 m³/s, sendo que as outorgas de águas superficiais superam as de águas subterrâneas em 12 vezes em termos de vazão e em 20 vezes em termos de outorgas. São destaques as outorgas coletivas, de 2012, que regularizaram 62 usuários da bacia do rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo, para várias finalidades. Também foram regularizados 191 usuários do rio Mampituba, no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para irrigação de arroz, estabelecendo eficiência mínima de 85% no uso das águas. Em 2012, a Agência Nacional de Águas analisou pedido de Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH) ou alteração de outorga para 19 empreendimentos hidrelétricos, mas emitiu apenas uma DRDH para a Hidrelétrica de Iraí, no rio Uruguai, e uma outorga para a Usina Hidrelétrica de Colíder, no rio Teles Pires. Em 2012, a ANA emitiu Certificado de Sustentabilidade de Obra Hídrica (Certoh) para sete empreendimentos de infraestrutura hídrica implantados ou financiados pela União, que equivalem a investimentos que ultrapassam a R$ 3 bilhões (pág. 319).

Fiscalização: em 2012, a ANA vistoriou 315 usuários, dos quais, 193 foram notificados.



Fonte: Agência Nacional de Águas.



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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

MMA lançará o Sistema de Cadastro Ambiental Rural em mais cinco Estados





Mais cinco Estados receberão o lançamento do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) na próxima semana. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e equipe de técnicos estarão em Natal na segunda-feira (18/11), às 14 horas, no Auditório Parque das Dunas, na Avenida Almirante Alexandrino de Alencar, 1.639, Bairro Tirol. Já na terça (19) será a vez de João Pessoa, Recife na quarta (20), Maceió na quinta (21) e Aracaju na sexta (22) para realizar os lançamentos e promover o SiCAR, que é a ferramenta eletrônica para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

No dia 14 de novembro, Cabral esteve em São Luís para lançar o SiCAR no Maranhão. Além do secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Claudio Azevedo, e do secretário adjunto do Meio Ambiente e Recursos Naturais, Cesar Carneiro, participaram da cerimônia representantes de entidades e associações ligadas à agricultura, organizações não governamentais, governo estadual, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e sociedade civil.

Cabral detalhou todo o trabalho que está sendo executado pelo Ministério do Meio Ambiente para levar o CAR e suas ferramentas aos proprietários de imóveis rurais. “Além dos três Estados que já receberam o lançamento no último mês (Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás), com mais os três desta semana (Piauí, Ceará e Maranhão), e os demais previstos para a próxima semana, acreditamos que será possível apresentar o sistema até dezembro em todos os estados”, afirmou.

Segundo ele, após os lançamentos estaduais, está previsto para dezembro a assinatura de ato normativo da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, definindo a data a partir da qual o CAR será considerado implantado. Após essa data, os produtores terão prazo de um ano, renovável por mais um ano, para cadastrar seu imóvel rural.


Maranhão

Para o secretário adjunto Cesar Carneiro, o CAR possibilitará um olhar nas dimensões ambiental, econômica e social nas políticas públicas para o setor rural. "Desse modo, o cadastro nos permite políticas públicas nessas três dimensões, especialmente no âmbito da agricultura familiar, fortalecendo esse segmento de grande relevância no Maranhão", enfatizou.

A implantação do CAR no Estado é uma das ações que a Secretaria do Meio Ambiente pactuou também com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio de projeto financiado pelo Fundo Amazônia. São R$ 20 milhões que estão sendo investidos na implantação do CAR, elaboração de Planos de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas, fortalecimento institucional e melhoria da gestão da Secretaria estadual.


Saiba mais

O Cadastro Ambiental Rural (CAR) é um dos desdobramentos da Nova Lei Florestal e garante a regularização ambiental de imóveis rurais. Instituído pela Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e regulamentado pelo Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, seus benefícios são a comprovação de regularidade ambiental, segurança jurídica para produtores rurais, acesso a crédito, acesso aos programas de regularização ambiental e instrumento para planejamento do imóvel rural.

O SiCAR irá integrar os dados do CAR de todos os Estados. Por meio de site da internet www.car.gov.br, será possível cadastrar as informações dos imóveis rurais, indicando localização, perímetro, áreas de vegetação nativa, Áreas de Preservação Permanente (APP), de Reserva Legal (RL), e de uso restrito. A partir daí, o CAR opera como uma base de dados que integra informações ambientais das propriedades e posses, com diversas aplicações, seja para o controle e monitoramento do desmatamento, como para planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.


Fonte: Ministério do Meio Ambiente.



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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Programa Momento Ambiental: Prancha Ecológica


Imagem ilustrativa - Prancha Ecológica


Cuidar do meio ambiente é hoje uma obrigação e também um desafio para todos os habitantes do planeta. Uma preocupação que ganha novos contornos e exige providências sérias e rápidas. É neste contexto que o Centro de Produção da Justiça Federal (CPJUS) decidiu produzir o programa Momento Ambiental. Trata-se de um inter-programa exibido nos intervalos das emissoras públicas e comunitárias que traz exemplos de iniciativas simples mas capazes de ajudar a preservar o planeta.


VÍDEO DE REFERÊNCIA


Créditos do vídeo ao Centro de Produção da Justiça Federal.


Fonte: Programa Momento Ambiental - TV Justiça.



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Relatório do PNUMA reforça argumento por medidas globais para redução das emissões de gases de efeito estufa






Se a comunidade global não colocar em prática imediatamente medidas de amplo alcance para reduzir o déficit de emissões de gases de efeito estufa (GEE), os custos para se manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2°C neste século devem crescer ainda mais, e gerar uma nova gama de desafios.

O Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2013 (Emissions Gap Report 2013), coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) com participação de 44 equipes científicas, é lançado no momento em que os líderes se preparam para a Conferência de Partes sobre as Alterações Climáticas em Varsóvia – COP 19.

O relatório conclui que, embora existam vias para se chegar à meta de 2ºC com emissões mais elevadas, a não redução da lacuna agravará os desafios da mitigação após 2020.

Isto implicará em índices muito mais elevados para as reduções globais de emissões em médio prazo, maior uso de tecnologias carbono-intensivas, maior dependência de técnicas ainda não comprovadas, custos de mitigação mais elevados a médio e longo prazo e maiores riscos de não cumprir a meta dos 2°C.

Ainda que as nações cumpram os seus atuais compromissos climáticos, as emissões de gases com efeito de estufa em 2020 deverão provavelmente ser de 8 a 12 gigatoneladas de CO2 equivalente (GtCO2e) acima do nível para uma possibilidade razoável para a via de menor custo. O CO2 equivalente equipara todos os gases estufa ao potencial de aquecimento do CO2.

Se a lacuna não for anulada ou significativamente reduzida até 2020, será fechada a porta para opções de limitar do aumento da temperatura a uma meta abaixo de 1,5°C, aumentando a dependência ao desenvolvimento de novas tecnologias de eficiência energética e de biomassa para captura de carbono.

Para manter o rumo em direção à meta dos 2°C e evitar os impactos negativos, o relatório afirma que as emissões devem atingir um máximo de 44 GtCO2e em 2020, e preparar o terreno para futuros cortes: para 40 GtCO2e em 2025; 35 GtCO2e em 2030; e 22 GtCO2e em 2050. Uma vez que estas metas se baseiam em cenários de ação que tiveram início em 2010, o documento conclui que é cada vez mais difícil cumprir esse objetivo.

"Como destaca o relatório, o atraso de medidas implica em um maior índice de mudanças climáticas a curto prazo e a possibilidade de mais impactos climáticos, bem como o uso contínuo de tecnologias de alta emissão de carbono e consumo de energia intensivo. Esta 'dependência' abrandaria a introdução de tecnologias amigas do clima e estreitaria as opções de desenvolvimento que posicionariam a comunidade global no caminho para um futuro sustentável, no entanto, o passo decisivo constituído pela meta para 2020 ainda pode ser alcançado com o reforço dos atuais compromissos e da criação de novas medidas, incluindo a ampliação de iniciativas de cooperação internacional em áreas como a eficiência energética, a reforma dos subsídios aos combustíveis fósseis e as energias renováveis. A agricultura pode contribuir, já que as emissões diretas desse setor são responsáveis por 11% do total global de gases com efeito de estufa", afirmou Achim Steiner, Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA.

As emissões globais totais de gases com efeito de estufa em 2010, o último ano para o qual estão disponíveis dados, já ascendiam a 50,1 GtCO2e, o que destaca a tarefa que temos por diante. Caso o mundo prossiga no atual ritmo, o que não inclui os compromissos assumidos depois de 2010, prevê-se que as emissões em 2020 atinjam 59 GtCO2e, o que é 1 GtCO2e acima da estimativa apresentada no relatório do ano passado.

Os cientistas concordam que os riscos de danos irreversíveis ao meio ambiente crescerão significativamente caso a temperatura média global se eleve mais do que 2°C em relação aos níveis pré-industriais até ao final do século. O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) confirmou que a atividade humana tem uma "probabilidade extrema" (95 a 100%) de ser a causa deste aquecimento.

"À medida que nos aproximamos da última rodada das negociações sobre o clima em Varsóvia, existe a necessidade real de um aumento de ambição por parte de todos os países: ambições que possam levar os países mais longe e mais depressa no que diz respeito a anular a lacuna de emissões e alcançar um futuro sustentável para todos, contudo, as ambições nacionais não serão suficientes para enfrentar as realidades científicas das mudanças climáticas, uma das razões pelas quais é necessário estabelecer até 2015 um novo acordo universal capaz de catalisar a cooperação internacional", disse Christiana Figueres, Secretária Executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Sem intensificar uma atitude focada e resoluta desde já, novas reduções serão necessárias mais tarde e de forma mais rápida e dispendiosa, o que resultará em custos de mitigação mais elevados e desafios econômicos maiores durante a transição para um regime abrangente de políticas climáticas.

Outro relatório do PNUMA conclui que os custos de adaptação na África poderão atingir os 350 bilhões de dólares por ano em 2070 caso a meta de dois graus não for atingida, ao passo que seriam necessários 150 bilhões de dólares para fazer a adaptação dentro da meta.


Cumprir a meta de 2020 é possível

Embora a janela de oportunidade esteja se fechando, ainda é possível atingir a meta de 2020 de 44 GtCO2e/ano com medidas rápidas e firmes. Os estudos revelam que, por até 100 dólares por tonelada de equivalente de CO2, as emissões podem ser reduzidas em 14 a 20 GtCO2e em comparação com o atual estado.

Por exemplo, restrições das normas que regem os compromissos das negociações climáticas poderia reduzir a lacuna em cerca de 1 a 2 GtCO2e, ao passo que, se os países implementassem as reduções máximas assumidas em compromissos incondicionais, essa redução poderia ser de 2 a 3 GtCO2e. A expansão do âmbito dos compromissos poderia diminuir a lacuna em mais 2 GtCO2e. Isto incluiria cobrir todas as emissões dos compromissos nacionais, fazer com que todos os países se comprometessem a reduzir as emissões e reduzir as emissões dos transportes internacionais.

Mais reduções com base na restrição das regras, a implementação de compromissos ambiciosos e incondicionais e a expansão do escopo dos compromissos atuais poderiam levar a comunidade global até meio caminho da anulação da lacuna. O relatório diz que a lacuna remanescente pode ser anulado através de novas medidas internacionais e nacionais, incluindo iniciativas de cooperação internacional.


A cooperação internacional pode resultar em enormes ganhos

Há um número crescente de iniciativas de cooperação internacional através das quais países e outras entidades cooperam para promover tecnologias ou políticas que geram benefícios climáticos, ainda que a atenuação das mudanças climáticas não seja seu objetivo principal.

O relatório identificou diversas áreas para tais iniciativas, com muitas parcerias já ativas e que podem ser expandidas ou reproduzidas para obter os ganhos necessários:

· Eficiência energética, que pode gerar uma redução na lacuna de até 2 GtCO2e em 2020. Por exemplo, a eletricidade para iluminação representa cerca de 15% do consumo global de energia e 5% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa. Mais de 50 países aderiram ao Programa Global de Parcerias para a Iluminação Eficiente en.lighten e acordaram a eliminação gradual das lâmpadas incandescentes ineficientes até ao final de 2016;

· Iniciativas de energias renováveis podem diminuir as emissões em 1 a 3 GtCO2 e até 2020. Foi investido em 2012 um total de 244 milhões de dólares em energias renováveis e foi instalada a nível mundial uma capacidade de geração de 115 GW através de novas energias renováveis – um ano recorde, segundo o Relatório da Situação Global das Energias Renováveis 2013 da REN21. Ao longo dos oito últimos anos, o número de países com metas de energia limpa triplicou de 48 para 140, indicando que a mudança para as energias renováveis está a ganhar ímpeto;

· Reforma dos subsídios aos combustíveis fósseis, que pode originar benefícios de 0,4 a 2 GtCO2e até 2020.


Contudo, para que as iniciativas de cooperação internacional sejam eficazes, o relatório conclui que estas devem incluir:

· Uma visão e um mandato claramente definidos;

· A combinação certa de participantes apropriados para tal mandato, indo para além dos negociadores climáticos habituais;

· Participação dos países em desenvolvimento;

· Financiamento suficiente e uma estrutura institucional que suporte a implementação e o acompanhamento, mas mantenha a flexibilidade;

· Incentivos para os participantes;

· Mecanismos de transparência e responsabilização.


A agricultura proporciona oportunidades

O relatório dedica uma atenção especial à agricultura, já que, embora poucos países tenham especificado medidas nessa área como parte da implementação dos seus compromissos, as estimativas da redução potencial de emissões do setor variam entre as 1,1 GtCO2e e as 4,3 GtCO2e.

O relatório descreve um leque de medidas que não só contribuem para a mitigação das mudanças climáticas, como também reforçam a sustentabilidade ambiental do setor e podem proporcionar outros benefícios, como produções maiores, custos de fertilizantes mais baixos ou lucros adicionais decorrentes do fornecimento de madeira.

São destacadas três práticas que podem ser ampliadas a uma escala maior:

· Práticas de plantio direto: O plantio direto consiste na deposição direta das sementes sob a camada dos restos vegetais resultantes da colheita anterior. A prática reduz as emissões resultantes da preparação da terra e da utilização de maquinaria agrícola.

· Gestão melhorada de nutrientes e água na produção de arroz: Práticas de cultivo inovadoras que reduzem as emissões de metano e óxido nitroso.

· Agrossilvicultura: Consiste em práticas de gestão diferentes que incluem deliberadamente espécies lenhosas perenes nas quintas e na paisagem e que aumentam a recolha e o armazenamento de dióxido de carbono da atmosfera na biomassa e nos solos.


Press Release ( English )


Fonte: PNUMA.



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