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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Projeto Cultivar - O Judiciário paulista em benefício da natureza


Imagem meramente ilsutrativa

Tópico 1090

Desde os últimos meses do ano passado, um tema recorrente tem ocupado as pautas dos órgãos de imprensa do País: a escassez de água.

Notícias publicadas em jornais de grande circulação no último final de semana dão conta de que metade das regiões metropolitanas foi severamente atingida pela maior estiagem da qual se tem notícia. As consequências da seca têm afetado não só o abastecimento de água para a população, mas também a economia dessas regiões.

Estudiosos afirmam que um dos fatores geradores desse desequilíbrio ambiental é o crescente desmatamento de florestas e matas brasileiras, aliado ao consumo excessivo de recursos hídricos por parte da população – segundo a ONU, uma pessoa necessita de cerca de 110 litros de água por dia para atender às suas necessidades de consumo e higiene. No Brasil, estima-se que cada pessoa consuma 250 litros de água diariamente.

Para tentar mudar esse cenário desfavorável, o presidente do Tribunal de Justiça paulista, desembargador José Renato Nalini, aproveitou a celebração do aniversário da cidade de São Paulo, no último domingo (25), para lançar o projeto CultivAR, que tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida nas áreas urbanas e estimular o reflorestamento. “São Paulo necessita de mais chuva, mas precisamos também arregaçar as mangas para recuperar matas ciliares e plantar mais árvores. Falta muito verde na capital, que é uma imensa massa cinza”, disse o presidente durante o ato inaugural do projeto – o plantio de um arbusto de pau-brasil em frente ao Palácio da Justiça, sede administrativa do TJSP.

O projeto prevê que uma árvore nativa seja plantada pelo presidente em todas as solenidades do Judiciário realizadas nas comarcas do Estado. No entanto, a expectativa da Presidência é que ele seja expandido e colocado em prática por todos os servidores dos fóruns doEstado, independentemente da visita de José Renato Nalini. “Estamos passando por uma crise hídrica extremamente grave e queremos incentivar todas as pessoas a replantarem e reporem as matas ciliares, colocando São Paulo em uma média racional de verde por habitante e, com isso, tentar devolver à natureza o que subtraímos dela. É esse o simbolismo”, explica.

Para o juiz assessor da Presidência Ricardo Felicio Scaff, a iniciativa impactará positivamente as futuras gerações. “Nossa expectativa com esse projeto é mudar a consciência da população. É uma iniciativa que trará benefícios a todos, inclusive às gerações futuras, pois zelar pela natureza deve se tornar um hábito, que não pode ser esquecido quando essa crise acabar. Precisamos contribuir para a melhoria das condições de vida de toda a população”.

Diante da grave situação verificada em grande parte do Brasil, a Presidência da Corte Bandeirante conclama todos os magistrados, servidores e colaboradores a contribuírem para o sucesso do projeto CultivAR em todo o Estado, auxiliando na reconstrução de nossas matas e florestas.

O plantio das árvores será divulgado nas redes sociais do TJSP. Para tanto, basta que as imagens sejam enviadas para o seguinte e-mail: fotografia@tjsp.jus.br, com os dados da unidade e/ou fórum em que foi plantada, data do plantio e espécie da muda e/ou arbusto, além de telefone para contato.

A Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo conta com a colaboração de todos !!!



Fonte: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Matéria originalmente publicada no DJE de 28 de janeiro de 2015.



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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Substância encontrada em planta da Serra da Mantiqueira tem efeito anti-inflamatório, antimicrobiano e antiparasitário


Foto de divulgação da Fapesp - Baccharis retusa DC.

Tópico 1089

Pesquisadores do Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) isolaram e caracterizaram um composto bioativo de uma planta encontrada na região da Serra da Mantiqueira que tem propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e antiparasitária.

O composto, denominado sakuranetina, foi identificado durante um projeto realizado com apoio da FAPESP, na modalidade Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.

Observamos que a atividade anti-inflamatória da sakuranetina é muito similar à da dexametasona, o principal corticoide usado hoje no tratamento de processos alérgicos e inflamatórios graves”, disse João Henrique Ghilardi Lago, professor da Unifesp e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.

A sakuranetina foi isolada da planta Baccharis retusa DC., da família Asteraceae, a mesma do girassol (Helianthus annuus) e de diversas outras plantas medicinais.

Segundo o pesquisador, o gênero Baccharis – um dos mais importantes da família Asteraceae, composto por cerca de 500 espécies de plantas, entre elas a carqueja (Baccharis trimera) – é muito comum nas Américas do Sul e Central, em regiões de altitude como a Serra da Mantiqueira, a cadeia montanhosa que se estende pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Ao prospectar espécies vegetais com compostos bioativos de interesse farmacológico em montanhas em Campos do Jordão (SP), os pesquisadores constataram que há uma grande variedade de espécies de Baccharis na região, a mais elevada da Serra da Mantiqueira, com 1.628 metros de altitude.

Ficamos surpresos com a variedade de espécies de Baccharis na Serra da Mantiqueira. Coletamos cerca de dez espécies diferentes em Campos do Jordão, entre elas a Baccharis retusa DC”, afirmou Lago. 

A fim de selecionar as que apresentavam potencial atividade biológica, os pesquisadores prepararam extratos bioativos das plantas coletadas e os submeteram a uma sequência de testes em laboratório.

Os resultados indicaram que o extrato da Baccharis retusa DC. demonstrou maior atividade antiparasitária, antimicrobiana e anti-inflamatória em comparação com as outras espécies coletadas.

Com base nessa constatação, os pesquisadores analisaram o extrato da Baccharis retusa DC. por cromatografia líquida de alta eficiência e por ressonância magnética nuclear, a fim de determinar a composição química da planta.

A análise química revelou que cerca de 50% do extrato bruto da planta diluído em etanol é composto por uma única substância: a sakuranetina. “Isso é muito raro em plantas porque, em geral, elas apresentam uma grande diversidade de compostos”, afirmou Lago.

Os pesquisadores depois fracionaram o extrato bruto da planta e constataram que a substância ativa da planta era a sakuranetina.

O fato de cerca de 50% do extrato bruto da Baccharis retusa DC. ser composto pela sakuranetina facilitou muito isolarmos esse composto que é um flavonoide [do grupo dos polifenois encontrado em diversos tipos de vegetais e de alimentos, que trazem benefícios à saúde]. É muito raro na área da química de produtos naturais obter uma quantidade tão grande de uma substância, da ordem de gramas, como a sakuranetina de Baccharis retusa DC.”, afirmou Lago.


Atividade antiparasitária

A fim de avaliar a atividade antiparasitária da sakuranetina, os pesquisadores da Unifesp, em parceria com André Tempone, do Instituto Adolfo Lutz, Rodrigo Cunha, da Universidade Federal do ABC (UFABC), e Paulette Romoff, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, isolaram e testaram o composto. Eles incluíram dois derivados semissintéticos dele (que passaram por simples modificações estruturais) em formas promastigotas (flageladas) e amastigotas (intracelular) de Leishmania spp – parasita causador da leishmaniose – e amastigota e tripomastigota (sem flagelo) de Trypanosoma cruzi – protozoário causador da doença de Chagas.

Os resultados indicaram que a sakuranetina apresentou atividade antiparasitária contra Leishmania (L.) amazonensis, Leishmania (V.) braziliensis, Leishmania (L.) major e Leishmania (L.) chagasi em concentrações na faixa de 43 a 52 microgramas por mililitro (ug/ml) e em 20,17 ug/ml contra tripomastigotas de Trypanosoma cruzi.

Já os dois derivados semissintéticos da sakuranetina não demonstraram ação antiparasitária.

Alguns dos principais resultados do estudo, realizado no âmbito do projeto “Princípios com potencial anti-Leishmania em espécies vegetais da Mata Atlântica: avaliação, isolamento e caracterização molecular”, desenvolvido em conjunto por Lago e pela pesquisadora Patricia Sartorelli, com apoio da FAPESP, foram publicados na revista Experimental Parasitology.

A sakuranetina demonstrou ser a única substância ativa entre os demais flavonoides encontrados em Baccharis retusa DC. contra os parasitas causadores da leishmaniose e da doença de Chagas”, disse Lago.


Ação anti-inflamatória

Em outro estudo, Lago e a pesquisadora Carla Prado, da Unifesp, em colaboração com colegas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), avaliaram a atividade anti-inflamatória da sakuranetina em um modelo experimental de asma induzida em camundongos.

Um grupo de animais foi tratado durante cinco dias com sakuranetina e um grupo controle recebeu dexametasona.

Os resultados do estudo, publicado no British Journal of Pharmacology, indicaram que o tratamento com sakuranetina atenuou vários aspectos da inflamação alérgica das vias aéreas dos animais, ao reduzir citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias e controlar o estresse oxidativo.

De acordo com os autores do estudo, os efeitos da sakuranetina foram semelhantes aos observados em animais tratados com dexametasona na maioria dos parâmetros avaliados.

A sakuranetina é um potencial candidato para o desenvolvimento de um protótipo molecular para a obtenção de uma nova droga voltada para o tratamento de asma”, avaliou Lago.


Ação antimicrobiana

Em colaboração com Marcelo Vallim e Renata Pascon, da Unifesp, e com Antonio Doriguetto e Marisi Soares, da Universidade Federal de Alfenas, os pesquisadores também caracterizaram a estrutura cristalina da sakuranetina e avaliaram a ação antimicrobiana do composto bioativo contra leveduras dos gêneros Candida, Cryptococcus e S. cerevisiae BY 4742.

Publicado na revista Molecules, o estudo mostrou que a substância apresentou forte atividade antifúngica contra as leveduras patogênicas e pode ser considerada como um protótipo pela indústria farmacêutica para o desenvolvimento de agentes antifúngicos mais eficazes.

Agora estamos em um ponto crucial, que é avaliar a toxicidade da sakuranetina, porque não adianta termos uma substância que apresenta ação anti-inflamatória tão potente como a droga padrão usada no tratamento de asma se não soubermos em que concentração ela pode ser administrada em animais e humanos”, afirmou Lago.

Além da sakuranetina, os pesquisadores da Unifesp estudaram outros compostos bioativos durante o projeto “Uso sustentável da biodiversidade de áreas remanescentes da Mata Atlântica do Estado de São Paulo: avaliação, isolamento e caracterização molecular de metabólitos secundários bioativos em espécies vegetais”, realizado com apoio da Fundação, no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade (BIOTA).



Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.



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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Ibama publica Instrução Normativa nº 23 que define diretrizes e procedimentos para destinação de animais silvestres


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 1088

Foi publicada no Diário Oficial da União, pelo Ibama, a Instrução Normativa nº 23, de 31 de dezembro de 2014, que define as diretrizes e os procedimentos para a destinação de animais silvestres apreendidos, resgatados por autoridade competente ou entregues voluntariamente pela população, bem como para o funcionamento dos Centros de Triagem de Animais Silvestres do Ibama (Cetas).

A norma esclarece que os Cetas integram a estrutura das Superintendências do Ibama nos estados, às quais estão vinculadas técnica e administrativamente. A Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (Dbflo), do Ibama, deverá ser a responsável pelo planejamento, coordenação e acompanhamento da execução, além da avaliação da implantação, das ações nacionais relativas aos Cetas.

O texto descreve detalhadamente como devem funcionar o recebimento de animais (esclarecendo que só serão admitidos os silvestres, não sendo aceitas as espécies consideradas domésticas), a triagem e a destinação.


Instrução Normativa nº 23, na íntegra;








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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

História da exploração do ouro no Brasil e do Museu do Ouro em Sabará-MG


Modelo de barra de ouro produzida em Sabará-MG


Tópico 1087

No fim do século XVII a produção açucareira no Brasil enfrenta uma séria crise devido à prosperidade dos engenhos açucareiros nas colônias holandesas, francesas e inglesas da América Central. Como Portugal dependia, e muito, dos impostos que eram cobrados da colônia a Coroa passou a estimular seus funcionários e demais habitantes, principalmente os do Planalto de Piratininga, atual São Paulo, a desbravar as terras ainda desconhecidas em busca de ouro e pedras preciosas.

A primeira grande descoberta deu-se nos sertões de Taubaté, em 1697, quando o então governador do Rio de Janeiro Castro Caldas anunciou a descoberta de dezoito a vinte ribeiro de ouro da melhor qualidade pelos paulistas. Neste mesmo ano, em janeiro, a Coroa havia enviado a Carta Régia onde prometia ajuda de custos de R$ 600.000/ano ao Governador Arthur de Sá para ajudar nas buscas pelos metais preciosos.

Iniciou-se então a primeira corrida do ouro da história moderna. A quantidade de gente aportando no Brasil e, deixando Portugal, era tamanha que em 1720, D. João V criou uma lei para controlar a saída dos portugueses. A lei, claro, não adiantou muito e em 1709 passaram a ser adotadas licenças especiais e mesmo passaportes como tentativa de frear o fluxo emigratório português. De 300 mil habitantes em 1690, a colônia passara a cerca de 2.000.000.

Durante o século XVIII, auge do período de exploração do ouro no Brasil, diversos povoamentos foram fundados. Esta foi a medida encontrada pela Coroa para tentar acalmar um pouco o verdadeiro caos que se instalara na colônia com cidades inteiras sendo abandonadas por seus habitantes que saíam em busca de ouro nos garimpos.

Após a queda de produção do sistema de exploração aurífera de aluvião, passou a ser necessárias técnicas mais refinadas que exigiam a permanência por maior período do garimpeiro junto aos locais de exploração o que também contribuiu para o estabelecimento das vilas.

É nesse período que são fundadas as Vilas de São João Del Rei, do Ribeirão do Carmo, atual Mariana, Vila Real de Sabará, de Pitanguí e Vila Rica de Ouro Preto, atual Ouro Preto, além de outras.

Porém, a Coroa, que já impusera o imposto do Quinto quando do começo das explorações, onde exigia que um quinto de tudo que fosse extraído seria dela por direito, ainda resolvera completar a carga tributária com mais impostos gerando uma série de insatisfações (incluindo a Inconfidência Mineira, que teve na exploração da metrópole um de seus principais motivos).

A exploração do ouro no Brasil teve grande importância porque deslocou o eixo político-econômico da colônia para região sul-sudeste, com o estabelecimento da capital no Rio de Janeiro. Outro fator importante foi a ocupação das regiões Brasil adentro e não apenas no litoral como se fazia até então.

A exploração aurífera possibilitou ainda, um enorme crescimento demográfico e o estabelecimento de um comércio/mercado interno, uma vez que os produtos da colônia não eram mais apenas para exportação como ocorria com o açúcar e o tabaco do nordeste e fez com que surgisse a necessidade de uma produção de alimentos interna que pudesse suprir as necessidades dos novos habitantes.

Ainda um último aspecto importante da explosão demográfica provocada pelo período de exploração do ouro no Brasil colônia, foi a questão do desenvolvimento de uma classe média composta por artesãos, artistas, poetas e intelectuais que contribuíram para o grande desenvolvimento cultural do Brasil naquela época.


VÍDEO DE REFERÊNCIA


Fonte: TV Escola



O Museu do Ouro ocupa a Antiga Casa da Real Intendência e Fundição do Ouro de Sabará, edificada em meados do século XVIII. Construída em adobe e pau a pique, situada na ladeira da Intendência, serviu de moradia aos Intendentes e como posto de cobrança de impostos sobre a extração do ouro na região. No acervo do Museu, representações da vida cotidiana mineira, como costumes, crenças e artes populares que podem ser vistas através das esculturas, quadros, oratórios e estandartes usados nas procissões e festas dos antigos escravos.


Informações técnicas do vídeo;

Série: Conhecendo museus - Museu do ouro

Duração: 00:24:25

Nível de ensino: Geral

Ano de produção: 2012

Público-alvo: Público em geral

Área temática: História, Artes, Diversidade Cultural

País de origem: Brasil

Versão do áudio: Áudio original em Português

Produtora: TV Escola / EBC / Ibram / FJPN / TV BrasiL


Museu do Ouro - Antiga Casa da Real Intendência e Fundição do Ouro de Sabará-MG





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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Degradação do solo põe em xeque o futuro da agricultura no Estado do Paraná


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 1086

A produtividade das próximas safras de grãos no Paraná pode estar comprometida. O estado enfrenta “sérios problemas” com a conservação do solo, segundo especialistas do agronegócio. O quadro desperta preocupação entre produtores, cooperativas e indústrias desde 2012, quando representantes dos produtores acionaram a Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em busca de apoio para uma reversão.

O problema ganha maior atenção em 2015, definido como Ano Internacional dos Solos pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). As ações de recuperação e difusão de informações no Brasil envolvem o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Embrapa. Durante os próximos meses, uma série de eventos irá abordar aspectos técnicos da conservação.

De acordo com projeção da Seab, 30% dos cerca de 6 milhões de hectares cultivados no Paraná necessitam de intervenção imediata. A avaliação de quanto essa área em processo de degradação pode interferir na produtividade do estado, no entanto, é imprecisa. Segundo o assessor técnico da secretaria José Tarciso Fialho, o impacto no rendimento é inevitável.

Já está impactando na produtividade do estado. O solo é o maior patrimônio do produtor que não pode fechar os olhos para o problema”, aponta Fialho.

Para o engenheiro agrônomo e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) Orley Jair Lopes, os agricultores estão pensando no hoje e esquecendo das próximas safras.

A situação é bem crítica. Com a quantidade de nutrientes retirada hoje, não será possível ter a mesma renda daqui 10 anos”, afirma.

Um conjunto de práticas equivocadas estaria potencializando a erosão pelo estado. Apesar de o Paraná ser o berço brasileiro do Plantio Direto, que revolucionou o agronegócio nacional, o sistema, em muitos casos, não é realizado corretamente, fazendo com que o solo fique exposto às intempéries do clima.

O cultivo de três safras por temporada também estaria colaborando para a “exaustão” do solo. Há produtores eliminando curvas de nível e os populares murundus por entenderem que atrapalham os trabalhos das máquinas agrícolas. “Sem isso, não há nada que contenha a água da chuva, que leva ladeira abaixo nutrientes com a erosão”, aponta Fialho.

A situação mais preocupante está no Noroeste por conta do solo arenoso, bastante sensível a erosões hídricas e eólica. Regiões planas como a área central do estado também apresentam problemas.

Não existe apenas uma técnica para fazer agricultura. É preciso buscar mecanismos adequados a cada tipo de propriedade”, diz Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar).


Reversão

Em parceria com o setor privado, a Seab combate o problema por meio do programa Plante seu Futuro, lançado em 2013, ferramenta de conscientização dos produtores. A proposta é realizar ações permanentes de capacitação de boas práticas agrícolas. Hoje são 100 unidades de demonstração espalhadas pelo estado, com perspectivas de chegar a 250 até o final do ano.

O bom manejo do solo ajuda a mitiga os problemas em épocas de seca, pois retém água e nutrientes”, diz Oromar João Bertol, agrônomo da Emater e coordenador do Grupo Gestor de Manejo Integrado de Solos e Água do Plante seu Futuro.

Em âmbito nacional, uma melhoria na conservação depende de programas como o Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O Paraná se mobiliza para acessar maior volume de crédito neste ano, mas ainda sobram recursos, conforme o governo.


Combate à erosão exige mobilização dos produtores

Nos últimos 10 anos, o solo do Paraná, que já foi referência nacional, passou por transformações, conforme os especialistas. A responsabilidade sobre os fatores que promoveram essa degradação é atribuída aos agricultores e ao sistema produtivo.

Máquinas agrícolas maiores e mais pesadas são utilizadas nas lavouras. Com isso, para facilitar o trabalho de plantio e colheita, muitos produtores nivelaram rampas, que tinham sido construídas para controle de erosão hídrica em terrenos inclinados.

A expansão da soja também é apontada pelos especialistas como ponto chave nesse processo. As boas cotações da oleaginosa, próximas de R$ 60 por saca, colocam o grão como primeira opção da agricultura no estado. Em muitos casos, os produtores não realizam a rotação com o milho, o que estaria limitando a nutrição do solo. Onde não se pode plantar milho de inverno, o solo chega a ficar apenas em descanso, com coberturas finas. Ou seja, a oleaginosa acaba sendo semeada repetidas vezes na mesma área e o tratamento da terra limita-se à necessidade da cultura.

Para não perder a janela de plantio da temporada seguinte, muitos produtores realizam a colheita e a semeadura e solo muito úmido. Isso estaria favorecendo a compactação e cria aberturas que podem estimular a erosão.

Outro ponto assinalado pelos especialistas é que as mudanças climáticas no planeta têm aumentando a incidência de chuvas torrenciais. Em muitos casos, dependendo do tratamento (ou falta de) dado a terra, essa pluviosidade “carrega” embora nutrientes importantes para agricultura

O quadro, associado à emissão de gases, começa e termina no meio urbano. Segundo a Sanepar, há casos em que o próprio tratamento de água destinado ao consumo humano tem de ser interrompido por força da erosão em áreas agrícolas que cercam bacias de abastecimento.




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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

8 bilhões de litros de água limpa em todo mundo foram doadas pela P&G através do Programa Água Pura Para Crianças


Imagem ilustrativa - P&G Sachet

Tópico 1085

A falta de água potável já afeta cerca de um bilhão de pessoas no mundo. No Brasil, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/2012), mais de 17% da população não recebe água limpa por redes de abastecimento, o que reflete diretamente no desenvolvimento da sociedade e principalmente das crianças.

Doenças como a diarreia, que muitas vezes é consequência do consumo de água impura, são responsáveis por mais mortes de crianças no mundo do que o HIV e a malária juntas. São mais de 1.600 mortes de crianças com até 5 anos por dia no planeta.

Esse contexto chocante foi o que motivou uma das maiores fabricantes de produtos de higiene pessoal e limpeza, a americana Procter & Gamble, a desenvolver um produto social inovador chamado P&G Sachet, que acaba de chegar ao Brasil.

O sachê possui 4 gramas e é capaz de transformar 10 litros de água contaminada em 10 litros de água potável, livre de resíduos sólidos e impurezas, atendendo às normas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O produto exclusivo não será comercializado, faz parte da principal ação de responsabilidade social da empresa, o Programa Água Pura Para Crianças. A diretora global do projeto, Allison Tummon Kamphuis, diz que já foi entregue mais de 7,8 bilhões de litros de água purificada, contabilizando mais de um litro de água limpa para cada habitante do planeta. “É uma meta alcançada que nos orgulha muito e nos motiva a seguir em frente. A P&G tem como compromisso a conscientização sobre a crise mundial de água e, até 2020, nossa meta é salvar uma vida a cada hora, com a distribuição de 200 milhões de sachês, o equivalente a dois bilhões de litros de água pura por ano”, anuncia.

O presidente da P&G Brasil, Alberto Carvalho, informa que o sachê será distribuído, por meio do Programa, a todas as pessoas do mundo que sofrem com o problema. “Para as gerações futuras e para nós, é inaceitável ver crianças e adultos sofrendo com a falta de água potável”, declara Carvalho.

Até o momento, a empresa investiu mais de 50 milhões de dólares na iniciativa, e o sachê já foi distribuído em mais de 75 países. Segundo dados divulgados pela empresa, foram evitados mais de 325 milhões de dias de doenças e 43 mil mortes em consequência do não consumo de água contaminada.

No Brasil, o programa será desenvolvido inicialmente no Vale do Jequitinhonha, nordeste do estado de Minas Gerais, região em que é comum o contato de animais com a água de lagos e rios usada para o abastecimento dos moradores.

No primeiro ano, serão distribuídos quase 2 milhões de sachês, por meio da parceria da P&G Brasil com a ONG ChildFund Brasil, que também será responsável por orientar as famílias e os multiplicadores sociais da região. Até 2015, a meta é fornecer 22 milhões de litros de água potável no Brasil.


Sobre a P&G

A P&G é a indústria de marcas líderes como Pampers, Ariel, Oral-B, entre outras. A companhia segue 12 Metas De Sustentabilidade Ambiental, tendo em vista 100% do uso de energia renovável, 100% de materiais renováveis ou reciclados para todos os produtos e embalagens, e zero resíduos em suas fábricas. 

Desde que essas metas foram estabelecidas, em 2010, a P&G obteve grande progresso. Hoje já são 70 fábricas Resíduo Zero, além de terem redução no consumo de energia, no uso da água, diminuição da emissão de CO2, e redução drástica de transporte via caminhões.



Fonte: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.



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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Pesquisadores da Unicamp identificaram um novo mecanismo pelo qual as plantas controlam a absorção e a assimilação de nitrogênio


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 1084

Pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em colaboração com colegas da University of Edinburgh, na Escócia, identificaram um novo mecanismo pelo qual as plantas controlam a absorção e assimilação de nitrogênio.

A descoberta, realizada no âmbito de um trabalho de doutorado feito com Bolsa da FAPESP, abre perspectivas para o desenvolvimento de cultivares menos dependentes de fertilizantes à base de nitrogênio, largamente utilizados na agricultura para impulsionar o crescimento e a produção vegetal.

Os principais resultados do estudo foram descritos em um artigo publicado na revista Nature Communications. “Identificamos uma nova via de regulação da assimilação de nitrogênio em plantas. Ao alterar essa via foi possível fazer com que as plantas assimilassem mais nitrogênio e, consequentemente, crescessem mais. Dessa forma, esperamos contribuir para a redução do uso excessivo de fertilizantes que frequentemente impactam o ambiente e que representam altos custos na produção agrícola”, disse Lucas Frungillo, primeiro autor do artigo, à Agência FAPESP.

De acordo com Frungillo, as plantas absorvem nitrogênio do solo na forma de nitrato. Uma vez absorvido pelas raízes o nitrato é transportado, principalmente, para a parte aérea do vegetal para ser posteriormente assimilado na forma de aminoácidos e proteínas.

Ao longo do processo assimilatório, o nitrato é convertido em nitrito nas folhas das plantas por meio de uma reação catalisada por uma enzima chamada nitrato redutase.

O nitrito é majoritariamente transportado para o cloroplasto – organela presente nas células vegetais, também responsável pela fotossíntese –, onde segue na via de assimilação de nitrogênio até a formação de aminoácidos. O nitrito também pode ser transformado em óxido nítrico por outras reações enzimáticas e não enzimáticas no interior das células vegetais.

Por muito tempo, segundo Frungillo, a reação de formação de óxido nítrico ao longo da via de assimilação do nitrato foi considerada um subproduto do processo de assimilação de nitrogênio pelas plantas.

Ao estudar esse processo em diferentes cultivares de Arabidopsis thaliana – uma pequena planta herbácea, nativa da Europa, Ásia e África, da família das Brassicaceae, a que também pertence a mostarda –, Frungillo e colegas descobriram que, além de outras ações nas plantas, o óxido nítrico também atua como uma molécula de sinalização, indicando quando as plantas devem limitar a absorção e assimilação de nitrato.

“O óxido nítrico desempenha um papel de sinalizador, indicando para a planta se ela tem ou não nitrogênio suficiente para se desenvolver. Ele faz isso através da regulação da assimilação do nitrato pelo vegetal”, explicou.


Estratégia de sinalização

De acordo com Frungillo, a estratégia utilizada pelo óxido nítrico para aumentar sua concentração e exercer o papel de sinalizador no processo de assimilação de nitrogênio pelas plantas é regular a enzima capaz de degradar uma de suas formas bioativas: a S-nitrosoglutationa Redutase 1 (GSNOR1).

Diferentemente do que se observa em outros modelos biológicos, em que o aumento da disponibilidade de uma molécula induz o aumento na atividade de uma enzima capaz de degradá-la, no caso do óxido nítrico o movimento é contrário.O aumento da disponibilidade de óxido nítrico na planta leva a uma redução da atividade da GSNOR1.

O óxido nítrico é capaz de inibir diretamente a atividade da enzima GSNOR1 por meio de uma modificação pós-traducional [processos que podem alterar o tamanho, composição, função e localização de proteínas] chamada de S-nitrosilação. Dessa forma, ele regula sua própria disponibilidade na planta e controla sua ação sinalizadora, indicando quando a planta deve reduzir a assimilação de nitrato”, explicou.

Por meio de engenharia genética é possível aumentar o número de cópias dessa enzima que contrapõe a sinalização do óxido nítrico, reduzindo o impacto inibitório desse sinalizador em sua degradação. “É possível mitigar geneticamente esse efeito de ‘autopromoção’ do óxido nítrico”, indicou Frungillo.

A fim de testar essa hipótese, os pesquisadores da University of Edinburgh desenvolveram durante o estudo uma variedade de Arabidopsis thaliana, chamada de 35S::GSNOR1, que superexpressa a GSNOR1.

Os resultados das análises genéticas e bioquímicas, realizadas no laboratório coordenado pelo professor Gary J. Loake e repetidos no Brasil, indicaram que a planta conseguiu assimilar maior quantidade de nitrogênio e, consequentemente, crescer mais em comparação com outras variedades com expressão normal da GSNOR1.

A planta 35S::GSNOR1 tem maior número de cópias da enzima GSNOR1 e, por mais que ela ainda seja regulada pelo óxido nítrico, sua atividade é maior nesse genótipo do que nos outros que estudamos. Por isso, o processo de sinalização do óxido nítrico na planta é reduzido e ela consegue assimilar mais nitrogênio e crescer um pouco mais”, explicou Frungillo, que permaneceu cinco meses no laboratório do professor Loake para realizar experimentos complementares e finalizar o estudo.

De acordo com ele, também por meio de engenharia genética pode ser possível desenvolver novas variedades de plantas com os processos de sinalização do óxido nítrico alterados e impulsionar ainda mais o crescimento dos vegetais.

Ao degradar uma forma bioativa do óxido nítrico, a planta diminui a disponibilidade desse sinalizador, passando então a assimilar mais nitrogênio. Consequentemente, ela se torna capaz de crescer e produzir mais”, apontou.

Esperamos que essa via de regulação da assimilação de nitrogênio observada em Arabidopsis thaliana também exista na maioria das plantas”, disse Frungillo.



Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.



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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Pesquisadores da Cebimar e da USP identificam nova família de animais marinhos no litoral paulista


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 1083

Pesquisadores do Centro de Biologia Marinha (Cebimar) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com colegas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Smithsonian Marine Station, nos Estados Unidos, descobriram 12 espécies de briozoários (animais invertebrados marinhos que vivem incrustados em substratos, como rochas e algas) na baía do Araçá, situada entre Ilhabela e São Sebastião, no litoral paulista.

Um das espécies – a Jebramella angusta n. gen. et sp. – foi classificada pelos pesquisadores como pertencente a uma nova família e gênero de briozoários, a Jebramellidae n. fam.

Os novos organismos foram identificados no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP e de um Projeto Temático financiado pela Fundação. Foram descritos em um artigo publicado na revista Zootaxa.

A descoberta da Jebramella angusta n. gen. et sp. foi por acaso”, disse Leandro Manzoni Vieira, professor do Centro de Ciências Biológicas da UFPE e primeiro autor do estudo, à Agência FAPESP.

Já tínhamos observado essa nova espécie fixada em pedras e fragmentos de conchas. Ao filmá-la, descobrimos que ela apresenta estrutura e comportamento até então desconhecidos em briozoários”, afirmou Vieira, que realizou pós-doutorado no Cebimar, sob orientação do professor Alvaro Esteves Migotto, com bolsa da FAPESP.

De acordo com Vieira, os briozoários ou “musgos do mar”, como são conhecidos popularmente, formam colônias incrustadas em pedras, conchas e algas, que podem variar de milímetros até 5 centímetros de diâmetro.

Cada colônia é formada por indivíduos conhecidos como zooides, que apresentam um exoesqueleto com compartimentos internos separados, chamados zoécios, ocupados por organismos individualmente muito pequenos e com tentáculos – da ordem de 0,3 a 1,2 milímetro (mm) de comprimento –, denominados polipídeos.

Geralmente, em espécies de briozoários do grupo Ctenostomata, já conhecidas, os embriões ficam incubados internamente nos zooides.

No caso da nova família de briozoários descoberta, os pesquisadores observaram que os embriões são incubados em uma estrutura externa, em forma de capuz, que é movida com a atividade de protração e retração dos tentáculos dos polipídeos.

O compartimento externo possui um orifício que é aberto quando o tentáculo é projetado para fora e fechado pelos embriões quando é retraído pelos polipídeos.

Não havia nenhuma descrição na literatura científica sobre esse tipo de comportamento de polipídeos e estrutura externa de incubação de briozoáriosHá outras famílias próximas à que descobrimos, mas nenhuma delas apresenta embriões incubados externamente”, afirmou Vieira.


Animais vivos

Segundo Vieira, a descoberta das 12 novas espécies de briozoários foi possível, entre outros fatores, pela observação dos animais vivos. As espécies do grupo Ctenostomata têm sido tradicionalmente descritas com base em observações e análises microscópicas de zooides preservados em álcool.

Os estudos baseados apenas nessa metodologia, no entanto, não permitem observar com maior nível de detalhe diferenças na coloração, morfologia e comportamento, entre outras características das espécies, avaliou.

Percebemos que existiam diferenças nos resultados das análises feitas com espécies vivas em comparação com as análises realizadas com zooides conservados em álcool. A maior parte da informação sobre a espécie é perdida ao conservá-la em álcool”, comparou.

Para realizar as análises dos animais vivos, os pesquisadores realizaram coletas de espécies em áreas ao longo ou próximas da baía do Araçá e as levararam para o Cebimar, onde foram conservadas vivas em potes contendo água corrente do mar.

Os animais foram fotogrados e filmados por meio de câmeras fotográficas acopladas a um estereomicroscópio (microscópio de visão binocular).

Dessa forma, foi possível observar detalhes da coloração, morfologia e comportamento das espécies descobertas, contou Vieira.

Ao filmar as espécies vivas, começamos a observar algumas diferenças em relação ao seu comportamento , principalmente no que diz respeito ao movimento dos tentáculos”, disse.


Poucos estudos

As espécies de briozoários da ordem Ctenostomata, a que as 12 novas espécies descobertas pertencem, são bastante comuns em ambientes marinhos rasos – com até 200 metros de profundidade –, quentes ou estuarinos, e, tal como outras ordens de briozoários, têm sido pouco estudadas no Brasil e no mundo.

"Há poucos estudos sobre os briozoários, em geral, porque há poucos especialistas nesse grupo de animais. É preciso mais estudos para conhecer melhor como, por exemplo, esses animais se reproduzem, sobre o que ainda não sabemos praticamente nada”, avaliou Vieira.



Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.



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