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quinta-feira, 26 de junho de 2014

PESQUISA: Esponja reciclável retira petróleo da água


Imagem ilustrativa



Uma esponja barata, de fácil utilização e reciclável pode ajudar na remoção de finas camadas de petróleo, seus derivados e outros produtos químicos imiscíveis em corpos d’água doce ou salgada e ainda permitir o reaproveitamento do contaminante recolhido. A novidade tecnológica foi desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto.

O alto poder de absorção da esponja – suga até 85% do petróleo cobrindo apenas 5% da mancha – se deve às curcubiturilas presentes em sua composição. São estruturas com uma cavidade central hidrofóbica (não se mistura à água), relativamente grande, capaz de acomodar espécies variadas para formação de compostos de inclusão. “Elas conseguem capturar e armazenar em seu interior moléculas que compõem o petróleo”, explica Grégoire Jean-François Demets, coordenador da pesquisa.

Em um derramamento de petróleo, a retirada do produto geralmente é feita por bombeamento. Esse método, porém, não permite sua retirada total da água, pois uma fina camada de óleo sempre permanece na superfície. “Essa sobra pode comprometer as trocas gasosas na interface, prejudicando o ecossistema marinho, além de impregnar as aves e sujar as praias”, lembra Demets.

O funcionamento da esponja é simples: basta colocá-la na área onde ocorreu a contaminação para que, sozinha, sem a necessidade de equipamentos adicionais, ela absorva o óleo. Para retirar o contaminante, basta espremer a esponja. “É possível recuperar 99,5% de todo o petróleo absorvido, e depois a esponja poderá ser reutilizada outras dez vezes”, garante Demets.

A esponja é feita de um compósito denominado pelos pesquisadores como “Cubion C6-U-54”. A estrutura também inclui polímeros de características flexíveis, como o poliuretano (PU), o policloreto de vinila (PVC) ou o fluoreto de polivinilideo (PVDF).


Patente

A tecnologia já teve o seu processo de patente feito pela Agência USP de Inovação e está disponível para licenciamentos ou parcerias. A agência integra o Núcleo de Inovação Tecnológica da USP, responsável por promover a utilização do conhecimento científico, tecnológico e cultural produzido na universidade.


Leia também;




Fonte: Conselho Regional de Química da IV Região.

Tópico elaborado pelo Gestor Ambiental Marcelo GiL.


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