Tópico 01552
Com a pandemia de Coronavírus a demanda por álcool gel cresceu até dez vezes, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Considerado um dos itens fundamentais para a higienização das mãos, o produto chegou a sumir nas farmácias devido a falta de carbopol, principal espessante usado na fabricação.
Diante desse cenário pesquisadores da Embrapa Florestas (PR) demonstraram que a nanocelulose do tipo microfibrilada (conhecida como MFC) de pinus e de eucalipto pode atuar como espessante e emulsificante eficaz no preparo de álcool antisséptico e álcool em gel.
O Laboratório da Tecnologia da Madeira tem trabalhado em diferentes formulações para elaboração do álcool 70%. A celulose branqueada passa por um processo de desfibrilação mecânica, que resulta na suspensão aquosa de nanocelulose, que tem propriedades de um gel e é capaz de substituir o carbopol na emulsificação.
“Começamos com a polpa branqueada de pinus porque ela dá origem a uma suspensão de nanocelulose com maior viscosidade que a de eucalipto. Mas logo em seguida testamos a polpa de eucalipto e adaptamos formulações”, explica o pesquisador da Embrapa Washington Magalhães.
Na primeira fase, 100 litros de álcool antisséptico 70% foram enviados à Vigilância Sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para uso especialmente em postos de fronteira do Paraná e de Santa Catarina.
“Nossa equipe já testou a formulação em relação à efetividade e estamos seguros da qualidade do produto, pois todos os ingredientes fazem parte do Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira”, esclarece Magalhães.
O pesquisador ressalta que o álcool usado é o 92,8 GL, proveniente de fabricantes tradicionais, e que o trabalho consistiu em transformá-lo em gel antisséptico 70%.
A nanocelulose utilizada na pesquisa provém de polpa de celulose branqueada, que também é matéria-prima na fabricação de papel, papelão ondulado e fraldas descartáveis, por exemplo. “Esse é mais um uso para a matéria-prima de plantios florestais. São produtos presentes no dia a dia que a população em geral nem faz ideia que vêm de árvores plantadas com fins produtivos, de forma renovável e sustentável”, declara Magalhães.
A nanocelulose tem potencial de uso em diversos setores: cosméticos, fármacos e alimentos, com a função de controlar a viscosidade e estabilizar a suspensão de óleos. Na área de alimentação é empregada em revestimentos comestíveis e embalagens. Existem canetas japonesas com tintas contendo NFC.
Pode-se fazer ainda membranas para curativos ou para ultra e nanofiltração; aditivos em cimentos, entre outros. A maior aplicação em volume, possivelmente, será no reforço em papelão e papel-cartão dentro das próprias indústrias de papel e celulose.
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Diante desse cenário pesquisadores da Embrapa Florestas (PR) demonstraram que a nanocelulose do tipo microfibrilada (conhecida como MFC) de pinus e de eucalipto pode atuar como espessante e emulsificante eficaz no preparo de álcool antisséptico e álcool em gel.
O Laboratório da Tecnologia da Madeira tem trabalhado em diferentes formulações para elaboração do álcool 70%. A celulose branqueada passa por um processo de desfibrilação mecânica, que resulta na suspensão aquosa de nanocelulose, que tem propriedades de um gel e é capaz de substituir o carbopol na emulsificação.
“Começamos com a polpa branqueada de pinus porque ela dá origem a uma suspensão de nanocelulose com maior viscosidade que a de eucalipto. Mas logo em seguida testamos a polpa de eucalipto e adaptamos formulações”, explica o pesquisador da Embrapa Washington Magalhães.
Na primeira fase, 100 litros de álcool antisséptico 70% foram enviados à Vigilância Sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para uso especialmente em postos de fronteira do Paraná e de Santa Catarina.
“Nossa equipe já testou a formulação em relação à efetividade e estamos seguros da qualidade do produto, pois todos os ingredientes fazem parte do Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira”, esclarece Magalhães.
O pesquisador ressalta que o álcool usado é o 92,8 GL, proveniente de fabricantes tradicionais, e que o trabalho consistiu em transformá-lo em gel antisséptico 70%.
A nanocelulose utilizada na pesquisa provém de polpa de celulose branqueada, que também é matéria-prima na fabricação de papel, papelão ondulado e fraldas descartáveis, por exemplo. “Esse é mais um uso para a matéria-prima de plantios florestais. São produtos presentes no dia a dia que a população em geral nem faz ideia que vêm de árvores plantadas com fins produtivos, de forma renovável e sustentável”, declara Magalhães.
A nanocelulose tem potencial de uso em diversos setores: cosméticos, fármacos e alimentos, com a função de controlar a viscosidade e estabilizar a suspensão de óleos. Na área de alimentação é empregada em revestimentos comestíveis e embalagens. Existem canetas japonesas com tintas contendo NFC.
Pode-se fazer ainda membranas para curativos ou para ultra e nanofiltração; aditivos em cimentos, entre outros. A maior aplicação em volume, possivelmente, será no reforço em papelão e papel-cartão dentro das próprias indústrias de papel e celulose.
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https://3gestaoambiental-unisantos.blogspot.com/2020/04/nanocelulose-de-pinus-e-de-eucalipto.html
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