Imagem meramente ilustrativa.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou no dia 09.10, em Brasília, a criação da Força Nacional de Segurança Ambiental para enfrentar o avanço do desmatamento ilegal na Amazônia. A nova companhia atuará no apoio as ações de fiscalização no bioma, que passam a ocorrer em caráter permanente e de forma ostensiva.
O governo vai aproveitar a experiência adquirida com a criação de gabinetes de crise, criados em períodos de pico nas taxas registradas pela fiscalização por satélite. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva, da qual participaram o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o comandante do Exército, general Enzo Peri, que mobilizarão pessoal para o cumprimento da missão.
O conjunto de medidas inclui, ainda, o Proteger Ambiental, que se constitui no reforço e integração das ações de inteligência ambiental coordenadas pelos órgãos federais. As operações de combate ao desmatamento serão definidas de forma integrada pelas Forças Armadas, pela Força Nacional, pela Polícia Federal e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “O crime ambiental vem se sofisticando”, declarou a ministra. “Para combatê-lo, estamos modernizando nosso sistema de controle”.
REDUÇÃO
O Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registrou queda de 45,9% no número de alertas de desmatamento em setembro em relação a agosto de 2012, mês que registrou um pico de 140% de aumento. Os dados serviram para direcionar o sistema de fiscalização do Ibama, que, entre esses dois meses, autuou 226 propriedades.
Ao todo, foram aplicados R$216,3 milhões em multas com o embargo de 30,4 mil hectares em áreas. As operações desencadeadas para conter o aumento do desmatamento resultaram na apreensão de 32 tratores, 19 caminhões, motosserras e armas de fogo. O volume de apreensões chegou a 4,4 mil metros cúbicos em madeira e 10,6 mil em toras.
INVERSÃO
Em setembro, além da redução, ocorreu uma inversão no perfil da área observada. Por meio da fiscalização direta, o Ibama constatou que, em agosto, 40% dos alertas decorreram do corte raso, etapa final do desmatamento. O restante se refere a mudanças de paisagem devido a fenômenos como queimadas. “Após as chuvas ocorre a regeneração da vegetação atingida, por isso não é caracterizado o desmatamento nem a mudança de uso do solo”, justificou Izabella.
O período de forte seca e estiagem, sob a influência do fenômeno El Niño, a pressão econômica dos preços internacionais do ouro e commodities e a grilagem de terras na BR-163 foram os fatores apontados como causas do comportamento atípico das taxas de desmatamento. O Deter indicou redução de 23% entre agosto de 2011 e julho deste ano, em relação ao mesmo período anterior.
AVALIAÇÃO DO DESMATAMENTO DETER/INPE EM PDF ;
Fonte : Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente.
Tópico elaborado por Marcelo Gil.
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