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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Reconstrução da Estação Comandante Ferraz na Antártica será acompanhada para evitar contaminações e prejuízos ao bioma



                                                            Foto divulgação - IBAMA


O governo brasileiro está preparando a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), destruída num incêndio ocorrido em fevereiro de 2012. O desmonte e a remoção dos escombros são acompanhados pelos cientistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para evitar contaminações e prejuízos ao bioma local. Concurso de arquitetura, lançado pelo Ministério da Defesa, selecionará projetos de profissionais brasileiros e/ou estrangeiros para reconstruir o complexo de laboratórios, localizado na Península Keller, interior da Baía do Almirantado, na Ilha Rei George.

Em parceria com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo da Universidade de São Paulo (IPT/USP) e a comunidade científica do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o MMA desenvolve na EACF diversas ações e preparou planos ambientais para orientar as operações de desmonte da antiga estação. O ministério é o responsável pelo segmento ambiental do Proantar e pelo cumprimento do Protocolo de Proteção Ambiental do Tratado da Antártica (também conhecido como Protocolo de Madri), que entrou em vigor em 1998 para assegurar a proteção do meio ambiente antártico e regular as atividades humanas no continente até 2048.

A avaliação dos impactos sobre o meio ambiente antártico e os ecossistemas dependentes e associados às atividades de pesquisa científica, entre outras, é feita pela equipe que integra o Grupo de Avaliação Ambiental (GAAm), coordenado pela Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros (GBA) do MMA. O Grupo acompanha todo o processo de desmobilização da estrutura queimada, remediação da área degradada e avaliação preliminar de impacto da reconstrução da nova Estação Antártica Brasileira. 


APOIO CHILENO

De acordo com previsões do Ministério da Defesa, a nova estação deve ficar pronta em 2015. Enquanto isso, os pesquisadores brasileiros poderão utilizar as instalações chilenas. Há poucos dias, a presidenta Dilma Rousseff assinou acordo com o governo do Chile para facilitar o embarque e desembarque de pessoas e equipamentos.

Em função do incêndio, os especialistas do GAAm, como a analista ambiental da GBA/MMA Bianca Chaim Mattos, que retorna esta semana da base brasileira, depois de 32 dias de trabalho, estão encarregados de identificar e remover os passivos ambientais a fim de minimizar o impacto local das atividades ali desenvolvidas. A preocupação do governo brasileiro é cumprir o compromisso assumido, ao ratificar o Tratado da Antártica, que inclui preservar o meio ambiente local.


INSPEÇÃO INTERNACIONAL

Por causa das responsabilidades brasileiras e das consequências resultantes do incêndio, a Estação Comandante Ferraz foi inspecionada em dezembro por representantes da Grã Bretanha, Nova Zelândia e Espanha. O trabalho de recuperação deve cumprir o Protocolo de Madri e, principalmente, reforçar as parcerias técnicas com o Ibama, Cetesb, IPT/USP e comunidade científica do Proantar, haja vista que a execução deste trabalho somente foi possível pela parceria institucional, diz a analista ambiental Jaqueline Leal Madruga.

Para que o Brasil cumpra os compromissos internacionais assumidos, preparou-se uma proposta de trabalho integrada entre o MMA, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SeCIRM) com o objetivo de avaliar as mudanças ambientais na Antártica e seus impactos global e local. “Estudos já realizados no continente podem contribuir para a compreensão das mudanças climáticas no Brasil e no continente sul-americano, pois a Antártica é o mais perfeito laboratório natural do Planeta para estudos de mudanças ambientais e, por ser o ecossistema mais frágil do Planeta, reage imediatamente às mudanças globais”, afirma Jaqueline Madruga.


RETIRADA DE ENTULHOS

Os especialistas são unânimes em afirmar que nenhuma previsão meteorológica de longo prazo pode ser feita sem dados da Antártica, nem é possível ignorar sua influência no resto do planeta. “Fenômenos como o El Niño não podem ser completamente estudados, a intensidade de estações chuvosas ou secas nas regiões tropicais não pode ser apropriadamente compreendida sem levar a Antártica em consideração”, ilustra Jaqueline Madruga. 

Por isso, o governo brasileiro está realizando uma operação cuidadosa para a retirada dos destroços da base incendiada e minimizar o impacto para o meio ambiente. A queima de plásticos, resinas, combustíveis, equipamentos, ferragens e madeira pode transferir para o terreno uma carga tóxica poluente, que tende a escorrer para o mar com o degelo, após o inverno. E a retirada de todo o material queimado segue as recomendações do plano de desmonte, elaborado pelas equipes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e do Ibama por solicitação do MMA, coordenador do Grupo de Avaliação Ambiental (GAAm) do Programa Antártico Brasileiro.


PATRIMÔNIO DE TODOS

Além do Brasil, países como Polônia, Estados Unidos, Peru e Equador, na Baía do Almirantado; e Argentina, Chile, Uruguai, Rússia, China e Coréia do Sul, na Baía Fildes possuem programas de pesquisa na ilha Rei George. A região Antártica é 1,6 vezes maior que o Brasil, um território com 78% de puro gelo e onde estão concentrados 80% de toda água doce do planeta.

O continente antártico, com mais de 13.661.000 quilômetros quadrados, é um patrimônio da humanidade e a vida na região está ligada ao mar e sua diversidade ímpar. O acesso somente é possível por avião ou navio. E a base Comandante Ferraz fica a 5.207 quilômetros de distância de Brasília, a uma temperatura média anual de -2,8°C, com máxima absoluta, registrada em 1998, de até 14,4°C no verão. Durante o inverno, o acúmulo de neve na área da estação pode chegar a três metros de altura. 


Fonte: Ministério do Meio Ambiente.

Tópico elaborado por Marcelo Gil.


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