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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

MMA disponibiliza dois novos livros sobre Educação Ambiental


Imagem de divulgação / Ministério do Meio Ambiente

Tópico 1203

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) disponibiliza mais duas publicações digitais do curso “Formação de agentes populares de educação ambiental na agricultura familiar”, que abordam o cenário rural brasileiro e o planeta Terra. Ao todo, a série terá sete livros, que serão oferecidos até o final do ano. Em setembro já haviam sido disponibilizados dois volumes no site do MMA.

O objetivo do curso é formar agentes populares capazes de identificar e refletir de forma crítica as questões socioambientais em seu território. A partir da sensibilização e mobilização social, o curso pretende colaborar com ações que propiciem condições de vida digna no meio rural, conservação ambiental e sustentabilidade dos agroecossistemas. Para alcançar esse objetivo, a cada temática o aluno passa a ter contato com uma diversidade de conteúdos e problemáticas. É o caso desses dois novos volumes.

O agente popular de educação ambiental pode contribuir decisivamente para a transformação do ambiente em que vive e para o bem-estar das pessoas ao seu redor. O papel do agente popular de educação ambiental para agricultura familiar é, portanto, o de estimular a reflexão da sua comunidade sobre a situação socioambiental vivida. Sua atribuição é divulgar e incentivar que a comunidade atue nos espaços de participação e controle social das políticas públicas de agricultura, educação e meio ambiente de sua região.


Desafios

Segundo o secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Denis Monteiro, existem muitos desafios no campo da educação ambiental. “Há um mito de que para produzir mais, é preciso que o agricultor seja especializado em uma ou duas culturas e que utilize fertilizantes sintéticos, sementes transgênicas e agrotóxicos. Pouco se divulga sobre os impactos negativos dessas opções para a saúde dos agricultores, para os solos e as águas, para a biodiversidade e para os consumidores”, afirmou ele.

Monteiro destacou ainda que o maior desafio da educação ambiental é conscientizar a sociedade, agricultores, consumidores e estudantes, sobre esse assunto. “Por outro lado, temos no Brasil muitas experiências bem-sucedidas de famílias agricultoras que trabalham com os princípios da agroecologia. Mas este trabalho é desconhecido pela maioria da população, até mesmo pela maioria dos agricultores. Portanto, outro desafio fundamental da educação ambiental é divulgar essas experiências, incentivando as boas práticas”, considerou.


Novas edições

No volume 3 da série, “O Cenário Socioambiental Rural Brasileiro e as Formas de Organização Social e Produtiva no Campo e na Floresta”, é possível encontrar informações sobre a questão agrária no Brasil, o pacote tecnológico da revolução verde e o agronegócio; a agricultura tradicional, indígena e o agroextrativismo. Além disso, o livro aborda a multifuncionalidade da agricultura familiar e seu papel na manutenção da família no campo e de sua cultura; o papel histórico das lutas camponesas; e as políticas públicas que estimulam e fortalecem a agricultura familiar e práticas mais sustentáveis na agricultura.

Já no volume 4, “O Planeta Terra: Um Sistema Vivo”, são abordados os conceitos de tecnologia apropriada, tecnologia social e tecnologia convencional; a dinâmica da vida na Terra e sua relação com as cadeias tróficas, a biodiversidade, a sucessão natural, a água e o clima. O livro traz também dados sobre os biomas brasileiros, o que é um sistema, e a concepção da Terra como um sistema vivo.


Curso

Além das publicações, o Departamento de Educação Ambiental do MMA prepara edital para a seleção de instituições parceiras para a segunda edição do curso semipresencial de formação de agentes populares. O objetivo é selecionar instituições que apoiarão a realização do curso, desenvolvido por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem do MMA.

A primeira edição do curso, realizada entre agosto de 2014 a janeiro de 2015, contou com a participação de 13 instituições de norte a sul do País. Cada uma delas poderia formar até cinco turmas, com 40 alunos. Foram formados 356 novos agentes.




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