Imagem meramente ilustrativa.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) lança site que permite avaliar por meio de imagens de satélites se os produtores do Estado de São Paulo estão substituindo a colheita manual da cana-de-açúcar – e, consequentemente, o uso do fogo – pela mecanização, conforme determina o Protocolo Agroambiental, assinado por produtores paulistas, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a União da Indústria de Cana-de-açúcar do Estado de São Paulo (Unica).
Os dados do site – fornecidos pelo Inpe, na forma de mapas, gráficos e tabelas – permitirão avaliar a situação em cada município ou região desde 2006, e verificar se as informações fornecidas pelos produtores aos órgãos ambientais correspondem à realidade. Para isso, será possível analisar imagens de satélites registradas ao longo do período da colheita para identificar se há sinais de queimada.
De acordo com o Inpe, as informações mais recentes sobre a safra 2011-2012 mostram que a mecanização já atingiu 65,2% da colheita no Estado de São Paulo. Isso significa que dos 4.796.140 hectares de cana colhidos na última safra, 3.125.619 hectares foram colhidos mecanicamente, enquanto 1.670.521 hectares (34,8%) ainda sofreram com a queima.
O site integra um projeto realizado pelo Inpe desde 2003, denominado Canasat, que utiliza técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para mapear a área cultivada e fornecer informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar.
Inicialmente, o projeto abrangeu apenas São Paulo e, a partir de 2005, o mapeamento passou a integrar também Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e, desde 2010, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
O mapeamento sobre o tipo de colheita, para verificar a ocorrência da prática da queima da palha da cana, é realizado apenas para o Estado de São Paulo e foi motivado pelo estabelecimento do Protocolo Agroambiental. Segundo o Inpe, em breve os mapas também serão disponibilizados para os outros estados da região Centro-Sul.
DESCRIÇÃO
O Projeto de Monitoramento da Colheita da Cana-de-açúcar tem como objetivo identificar e mapear anualmente o tipo de colheita, com ou sem a queima da palha da cana-de-açúcar, por meio de imagens de satélite de observação da terra. Os resultados obtidos nesse projeto podem servir para balizar políticas públicas que visem à redução/extinção da queima da cana-de-açúcar em municípios e regiões do Estado de São Paulo.
PRODUTOS
Mapas, gráficos e tabelas da área de cana-de-açúcar colhida por municípios e por Regiões Administrativas (RA) do Estado de São Paulo.
MOTIVAÇÃO
A Lei Estadual 11.241 estabelece para 2021 a extinção da queima da palha como método de pré-colheita da cana-de-açúcar na maior parte da área cultivada do Estado de São Paulo. O Protocolo Etanol Verde, iniciativa do governo estadual e do setor sucroenergético, antecipa esse prazo para 2014 e prevê a concessão anual de um certificado de conformidade aos produtores que adotarem boas práticas de manejo.
METODOLOGIA
O mapeamento é realizado anualmente, tendo como base as áreas disponíveis para colheita, delimitadas pelo Projeto Canasat, e imagens obtidas pelos satélites Landsat, CBERS e Resourcesat-I, disponibilizadas gratuitamente pelo INPE/DGI. O processamento e a interpretação das imagens são realizados no software SPRING.
Informações mais detalhadas sobre o Projeto de Monitoramento da Colheita da Cana-de-açúcar podem ser obtidas no artigo Remote Sensing Images in Support of Environmental Protocol: Monitoring the Sugarcane Harvest in São Paulo State, Brazil.
MONITORAMENTO VIA SATÉLITE
http://www.dsr.inpe.br/laf/canacrua/dados.html
Fontes : FAPESP e INPE.
Tópico elaborado por Marcelo Gil.
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VÍDEO INDICADO PELO PROFESSOR PAULO DE MORAES (Sensoriamento Remoto).
CRÉDITOS DO VÍDEO E DA REPORTAGEM A REDE GLOBO DE TELEVISÃO. PROGRAMA CIDADES E SOLUÇÕES - GLOBO NEWS.
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