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domingo, 2 de dezembro de 2012

PROTEÇÃO AMBIENTAL: REDE NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO URBANAS - RENURB !!!



                                                    Imagem ilustrativa - biodiversidade.


A proposta da Rede Nacional de Unidades de Conservação Urbanas (RENURB), foi aprovada durante o seminário internacional Rio 2012 BiodiverCities - Unidades de Conservação urbanas: desafio, atores, espaços, realizado no fim de outubro, no Rio. O evento teve o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e contou, como anfitriões, com a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e o Parque Nacional da Tijuca.

O objetivo da rede é integrar gestores das unidades de conservação (UCs) federais, estaduais e municipais da área urbana, educadores que trabalham e se interessam pela questão ambiental, especialistas em planejamento urbano, arquitetos e urbanistas, especialistas em planos de manejo, representantes de órgãos governamentais, organizações não governamentais, pesquisadores e comunicadores, entre outros, para facilitar a comunicação com a comunidade em geral e intensificar o intercâmbio de experiências e propostas, estabelecendo a articulação com outras redes que tratam desse tema.


PAPEL PEDAGÓGICO

Segundo a proposta, todas as UCs são importantes para a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Com o aumento do número de moradores nas áreas urbanas no Brasil, as principais decisões são definidas na localidade. Nesse contexto, a Renurb é importante para as unidades de conservação urbanas, em especial os parques nacionais, estaduais e municipais que desempenham um papel pedagógico fundamental no sentido de ter a comunidade aliada na defesa do meio ambiente.

Como exemplos dessa forte interação cidades-unidades de conservação, há o Parque Nacional da Tijuca (RJ), o Parque Nacional de Brasília (DF), a Estação Ecológica de Carijós (SC), unidades sob gestão do ICMBio, que permitem a visitação pública. As pequenas UCs em áreas urbanizadas que recebem visitantes são estratégicas para alcançar o apoio da sociedade para a conservação. Ou seja, é necessário estimular cada vez mais a visitação para as pessoas conhecerem e desfrutarem dessas unidades.

Rio 2012 BiodiverCities - O Projeto da Urban National Parks in Emerging Countries & Cities (UNPEC) é financiado pela Agence Nationale de la Recherche (ANR), sediada na França, que também bancou o evento. Trata-se de um programa de pesquisa pluridisciplinar, coordenado pelo professor Frédéric Landy da Universidade Paris Ouest Nanterre e Louise Lezy_Bruno, do Instituto Libertas.


A RENURB , NA VISÃO DE *MIGUEL VON BEHR ;

Porque a Rede Brasileira?

Todas as unidades de conservação são importantíssimas estratégias para conservação da biodiversidade e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Mas o mundo está cada vez mais urbano. Aumenta o número de pessoas que vivem nas cidades. No Brasil, um pouco mais de 85% da população já é urbana. As maiores decisões, inclusive o processo decisório político se define nas cidades. Nesse contexto, as unidades de conservação urbanas, em especial os parques nacionais, estaduais e municipais desempenham um papel pedagógico fundamental no sentido de ter a comunidade aliada na defesa do meio ambiente. Por isso, a necessidade e importância da RENURB. 

Como diversos exemplos dessa forte interação cidades-unidades de conservação, temos o Parque Nacional da Tijuca, o Parque Nacional de Brasília, Estação Ecológica de Carijós (SC), dezenas de parques estaduais como Pedra Branca (RJ), Cantareira e Jaraguá(SP), Parque Estadual das Dunas(RN) e Parque Estadual dos Dois Irmãos(PE), além dos Parques municipais como o Parque do Coocó, em Fortaleza, Parque da Mãe Bonifácia em Cuiabá(MT) e Pituaçu, em Salvador, dentre centenas de outras UC que permitem a visitação pública, como as florestas nacionais urbanas, especial no sul-sudeste.

As pequenas unidades de conservação em áreas urbanizadas que permitem a visitação pública são estratégicas para alcançarmos o apoio da sociedade para a conservação. Ou seja, é necessário estimular cada vez mais a visitação das pessoas para conhecerem e desfrutarem corretamente as unidades de conservação urbanas. Isso sem mencionar o fato que as unidades de conservação urbanas, na grande maioria das vezes, suprem as cidades com água potável.

Cerca de um terço dos parques nacionais brasileiros, em diversos níveis, influenciam e são influenciadas por cidades. Um quarto de Reservas Biológicas, um quinto das Florestas Nacionais e Estações Ecológicas, além de dezenas de Reservas Extrativistas e Áreas de Relevante Interesse Ecológico também possuem uma relação muito estreita com a questão urbana. Isso sem mencionar as APAs, onde na grande maioria delas, a influência urbana é mais forte ainda.

Apesar de reconhecermos que a proximidade das cidades com as unidades de conservação urbanas é mais uma oportunidade que um problema, centenas de UCs foram, estão sendo e serão impactadas pelo crescimento urbano, a curto, médio e longo prazo. Por outro lado, milhares de pessoas utilizarão cada vez mais as unidades de conservação urbanas como área de lazer e integração com a natureza. No Brasil, várias unidades de conservação foram “obrigadas” a mudar de categoria para permitirem a visitação, como o Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas, antes uma Estação Ecológica, muito restritiva em termos de visitação.

Centenas de cidades brasileiras, grandes, médias e pequenas, mantém uma relação muito estreita com as Unidades de Conservação. É necessária uma política pública específica integrando a questão urbana e questão ambiental, com ênfase no tema das unidades de conservação. É preciso que haja uma conexão entre o Plano de Manejo e o Plano Diretor, principal instrumento de planejamento participativo das unidades de conservação e das cidades, respectivamente. Aliás, a divulgação das experiências bem sucedidas entre o Plano de Manejo e Planos Diretores serão bem vindas.

Portanto, urge uma estratégia diferenciada para conservação da biodiverCidade das unidades de conservação urbanas! Em especial no que tange à política de ocupação do território que leve em consideração o entorno, a zona de amortecimento das UCs e maior incentivo à atividades de educação ambiental. Nesse sentido, as trilhas interpretativas são oportunidades especiais para um contato direto, instrutivo e sensibilizador do ser humano com o planeta em que vive. O potencial é imenso. Excelentes experiências têm sido desenvolvidas nesse sentido. É preciso valorizá-las! Com certeza as zonas de amortecimento das UC urbanas precisam ter um tratamento diferenciado, pois na maioria das vezes são áreas já totalmente ocupadas do ponto de vista urbano, muitas vezes com altas taxas de ocupação, ao contrário de outras UCs onde a densidade demográfica no seu entorno é praticamente zero.


Qual o objetivo da RENURB?

Integrar gestores das unidades de conservação federais, estaduais e municipais, gestores urbanos, educadores que trabalham e se interessam por educação ambiental, especialistas em planejamento urbano, arquitetos e urbanistas, especialistas em planos de manejo, representantes de órgãos governamentais, ONGs, pesquisadores, comunicadores, etc. Portanto, pretende-se facilitar a comunicação com a comunidade em geral.

A ideia é intensificar o intercâmbio de experiências e propostas, facilitando a articulação e integração com outras redes que tratam desse tema. Qual o principal desafio?

Possibilitar que as UC urbanas sejam cada vez mais espaços de conscientização da sociedade sobre a importância de vivermos em um ambiente sadio. Cidades respeitando unidades de conservação e unidades de conservação respeitando as cidades. Finalmente devemos lembrar que as unidades de conservação são instrumento importante para transformar as relações do Homem com a natureza, no sentido de reconhecer nossas interações necessárias não somente à qualidade de vida nas cidades, mas à sobrevivência da Humanidade como um todo.


*Miguel von Behr, 55, é analista ambiental do ICMBio-Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente. Fotógrafo e escritor, autor do selo editorial Série Ecossistemas Brasileiros. Arquiteto e urbanista, Mestre em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade de Brasília. Trabalha com unidades de conservação desde 1982. Em 1997 foi Coordenador Técnico do Projeto “Planejamento Urbano e Unidades de Conservação”, pelo IBAMA. Atualmente é Chefe da Floresta Nacional de Lorena, Vale do Paraíba, SP, na região mais urbanizada do país.


Fonte : ICMBio, e Miguel von Behr - Chefe da Floresta Nacional de Lorena.

Tópico elaborado por Marcelo Gil.


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