GESTÃO AMBIENTAL: Estudo aponta o carbono negro como o segundo poluente de maior impacto para as mudanças climáticas

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Estudo aponta o carbono negro como o segundo poluente de maior impacto para as mudanças climáticas

Imagem meramente ilustrativa.

Estudo conduzido pelo Instituto para Governança e Desenvolvimento Sustentável (IGSD), um dos integrantes da Coalizão pelo Clima e Qualidade do Ar (CCAC) do PNUMA, concluiu que o carbono negro é o segundo poluente de maior impacto para as mudanças climáticas, atrás somente do dióxido de carbono e à frente do metano.

A análise também evidencia que o potencial poluidor do carbono negro, originário da queima incompleta de combustíveis fósseis e de biomassa, é duas vezes pior do que se pensava.

Desenvolvido ao longo de quatro anos por mais de 30 cientistas, Bounding the role of black carbon in the climate system foi publicado hoje na página do Journal of Geophysical Research: Atmospheres.

"A análise mostra que diminuir as emissões de carbono negro é ainda mais importante do que pensávamos para retardar o aquecimento global", afirma o presidente do IGSD, Durwood Zaelke. O estudo esclarece que o impacto do carbono negro no Ártico e em outras regiões vulneráves é maior, e que a substância tem grande influência no rápido aquecimento nas áreas de médias e altas latitudes do hemisfério norte.

O documento conclui que a redução das emissões de carbono negro derivado da queima de óleo diesel, principalmente, e de outras fontes, como fornos de olarias e até a queima caseira de combustíveis terá uma rápida influência na desaceleração do aquecimento global.

"A nova pesquisa mostra que temos que combater os poluentes de vida curta, como o carbono negro. Peço que mais países, empresas e organizações ingressem na CCAC. Há projetos inovadores em andamento para reduzir as emissões de carbono negro da queima de combustíveis, produção de tijolos e resíduos domésticos. Desde sua criação, em fevereiro de 2012, a participação dos Estados-Membros na coalizão cresceu de seis países para 24, incluindo os do G8 e países em desenvolvimento. Atualmente, a CCAC conta com 49 integrantes, entre nações, empresas e ONGs", explica Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA.

Journal of Geophysical Research: Atmospheres

Fonte : Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente.

Tópico elaborado por Marcelo Gil.

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