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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Atual presidência do Superior Tribunal de Justiça fortalece a igualdade, inclusão e proteção do meio ambiente


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 01518

A gestão encabeçada pelo ministro João Otávio de Noronha e pela ministra Maria Thereza de Assis Moura no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – que completa um ano neste 29 de agosto – tem dado atenção especial a temas como a participação feminina no Judiciário, a proteção do meio ambiente e a inclusão de pessoas com deficiência.

Um ano após o início da nova gestão, o tribunal avançou significativamente nesses campos, com a criação de programas, conclusão de acordos de cooperação e a edição de normas administrativas. 


Equi​​libra

Com o objetivo de incentivar e garantir a igualdade de oportunidades, o STJ tem implantado uma série de medidas administrativas em benefício das mulheres. As principais iniciativas estão cristalizadas no programa Equilibra, lançado em 11 de março e voltado para a implementação de políticas destinadas à participação feminina no tribunal.​​​​​

O programa é coordenado por uma comissão permanente com a incumbência de analisar dados administrativos e estudar políticas para as mulheres. A comissão também tem a responsabilidade de organizar eventos e propor medidas de conscientização e aprimoramento das condições de trabalho das mulheres.

Em abril, o Equilibra ganhou a primeira edição do Prêmio Equidade de Gênero no Sistema de Justiça. A premiação é fruto de parceria entre a Associação dos Juízes Federais do Brasil, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho e a Associação dos Magistrados Brasileiros, e foi criada para valorizar iniciativas em favor da igualdade de direitos de gênero no Poder Judiciário.

Outra iniciativa relevante foi a assinatura, em fevereiro, do memorando de entendimento entre o STJ e a Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) para desenvolvimento da equidade de gênero, promoção de ações para a redução de desigualdades e colaboração para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Entre os principais pontos do acordo estão a adesão do STJ ao Movimento ElesPorElas (HeForShe), a promoção de ações para engajamento de homens em iniciativas em prol da igualdade de gênero e a realização de estudos de identificação de fatores que contribuam para a participação de mulheres em postos de poder e tomada de decisão.


Novas no​​rm​​​as

No plano normativo, o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, foi marcado no STJ pela publicação de alterações em atos administrativos que beneficiam servidoras e estagiárias da corte. Por meio das Resoluções STJ/GP 5 e 6 e da Instrução Normativa 6 (todas de março de 2019), foram introduzidas três novidades:

1. As indicações para ocupar cargos em comissão e funções de confiança dos Grupos Direção e Assessoramento devem respeitar, na medida do possível, a proporcionalidade entre homens e mulheres;

2. A servidora que estiver em licença-maternidade terá prioridade na marcação de férias imediatamente após o período da licença – direito assegurado também ao homem no exercício de licença-paternidade;

3. Para as estagiárias que deixarem o estágio após o nascimento do filho, fica garantido o reinício do estágio no tribunal, sem necessidade de participar de novo processo seletivo.


"Estamos adotando uma série de medidas para assegurar o equilíbrio de oportunidades entre homens e mulheres nas unidades do tribunal. Nosso objetivo é que o Judiciário reflita a mesma pluralidade existente na sociedade brasileira. Por isso, é fundamental garantir a participação plena e efetiva das mulheres em igualdade de oportunidades", afirmou o ministro Noronha.


Meio Ambiente

Durante o VI Seminário de Planejamento Estratégico Sustentável do Poder Judiciário, realizado em junho, Noronha e a representante da ONU Meio Ambiente no Brasil, Denise Hamú, assinaram memorando de entendimento para o alcance da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no uso de recursos naturais e na capacitação de servidores.

Segundo o ministro, ao assinar o memorando, o STJ assume papel protagonista na troca de experiências e conhecimentos para a criação de modelos que tornem a administração pública mais eficiente e sustentável.

"A inserção da sustentabilidade como instrumento de governança é medida urgente. A incorporação da variável ambiental na estrutura das atividades do Estado encontra respaldo no princípio constitucional da eficiência, norteador da conduta do gestor e do servidor público", afirmou Noronha.


Cidadania e acessi​​bilidade

Em consonância com a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência e dentro do espírito de Tribunal da Cidadania, o STJ instituiu, por meio da Portaria STJ/GDG 912/2018, a Comissão Multidisciplinar de Acessibilidade e Inclusão.

Composta por servidores de diferentes setores do tribunal, a comissão tem o objetivo de planejar e fiscalizar projetos arquitetônicos de acessibilidade, além de elaborar e acompanhar projetos pedagógicos de capacitação dos profissionais e funcionários que trabalham com as pessoas com deficiência.

Um dos trabalhos mais recentes da comissão foi apresentado em junho deste ano: o Selo de Acessibilidade e Inclusão do STJ. O projeto busca reconhecer e estimular o aumento do nível de inclusão e de acessibilidade nas unidades do tribunal a partir de um sistema de selos (bronze, prata e ouro).

"Com o selo, o Tribunal da Cidadania se torna um pioneiro no Judiciário, tornando a acessibilidade uma realidade cotidiana para os servidores e demais colaboradores", afirmou o presidente na cerimônia de lançamento do projeto.


Presença internaci​​​onal

No campo internacional, o STJ tem tido participação ativa em diversos eventos. Em outubro do ano passado, o presidente do tribunal compareceu ao J20 – A Conferência Judicial das Supremas Cortes do G20, em Buenos Aires. O encontro discutiu temas como direitos sociais, combate à corrupção e ao narcotráfico, além de temas sobre justiça e gênero.

No painel "O Papel da Justiça na Luta Contra a Corrupção", Noronha afirmou que a recente experiência brasileira é um modelo de combate à corrupção, tendo em vista as operações que resultaram na prisão de importantes empresários, políticos e outros agentes públicos.

Em novembro, ele esteve na segunda edição do seminário Law and Economics, realizado na Universidade Columbia, em Nova York. Promovido pela Fundação Getulio Vargas e pela universidade americana, o evento debate a influência da análise econômica do direito na aplicação de normas legais nos sistemas de países como o Brasil e os Estados Unidos.

Em junho deste ano, Noronha retornou a Nova York para participar do High Level Political Forum (HLPF 2019). O encontro é a principal plataforma da Organização das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável e tem papel central no acompanhamento e na revisão da Agenda 2030 para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em nível mundial.

O presidente do STJ foi o único representante do Judiciário do Brasil a participar do encontro e falou na segunda edição do SDGs in Brazil – The role of the private sector (ODS no Brasil – O papel do setor privado).



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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

FAPESP: Relatório indica que é possível recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa do país até 2030


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 01517

O Brasil perdeu 71 milhões de hectares de vegetação nativa nos últimos 30 anos - área maior que a soma das terras públicas federais na Amazônia Legal, de 60 milhões de hectares - em decorrência de desmatamento e queimadas, entre outros fatores, apontam dados do MapBiomas.

Como esse desmatamento ocorreu sem planejamento ambiental e agrícola, boa parte dessas áreas tornaram-se abandonadas, mal utilizadas ou entraram em processo de erosão, ficando impróprias para produção de alimentos ou qualquer outra atividade econômica.

A restauração florestal pode diminuir parte desse prejuízo ao possibilitar a recuperação estratégica de 12 milhões de hectares de vegetação nativa em todo o país até 2030, conforme estabelecido no Plano Nacional de Restauração Ecológica. Dessa forma, seria possível sequestrar 1,39 megatonelada (Mt) de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, interligar fragmentos naturais na paisagem e ainda aumentar em 200% a conservação da biodiversidade.

As estimativas constam no sumário para tomadores de decisão do relatório temático “Restauração de Paisagens e Ecossistemas”, lançado na sexta-feira (23/08), no Museu do Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, no Rio de Janeiro.

O documento é resultado de uma parceria entre a Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES, na sigla em inglês), apoiada pelo programa BIOTA-FAPESP, e o Instituto Internacional de Sustentabilidade (ISS), e foi elaborado por um grupo de 45 pesquisadores, de 25 instituições do país.

O sumário mostra que as questões ambientais [conservação e restauração ecológica] e a produção agrícola são interdependentes e podem caminhar juntas, sem prejuízo para nenhum dos lados. Pelo contrário, ela só traz benefícios diretos, como a disponibilização de polinizadores para as culturas agrícolas, a conservação da água e do solo e, principalmente, a possibilidade de certificação ambiental da produção, permitindo agregar valor”, disse à Agência FAPESP Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um dos autores do documento.

O sumário destaca que o Brasil tem grandes oportunidades para impulsionar a restauração e a recuperação da vegetação e, com isso, aumentar a geração de benefícios socioeconômicos e ambientais, minimizar a competição de florestas com áreas agrícolas e contribuir para combater as mudanças climáticas.

No entanto, para que as oportunidades se tornem realidade, o país não pode retroceder em suas políticas ambientais de redução do desmatamento, conservação da biodiversidade e impulsionamento da recuperação e da restauração da vegetação nativa em larga escala, ponderam os autores.

O fim da obrigatoriedade da Reserva Legal, as reduções das alternativas de conversão de multas e a extinção dos fóruns de colaboração e coordenação entre atores governamentais e da sociedade seriam perdas irreparáveis para uma política de adequação ambiental, afirmam.

Os autores também ponderam que Brasil tem assumido o papel de líder em negociações ambientais internacionais e qualquer ruptura desse caminho, além de afastar oportunidades, vai afugentar mercados internacionais consumidores de produtos agrícolas. Isso porque, cada vez mais, esses agentes se pautam pela produção e pelo consumo sustentáveis, incluindo políticas de não consumo de produtos provenientes de áreas desmatadas.

O Brasil não deveria ter nenhuma dificuldade de colocar seus produtos agrícolas no mercado internacional, pois o diferencial poderia ser uma agricultura sustentável praticada em ambientes de elevada diversidade natural. Isso é um ativo que nenhum outro país tem”, avaliou Rodrigues.


Aumento de produtividade

De acordo com o documento, a intensificação sustentável da pecuária brasileira é um processo-chave para aumentar a produtividade do setor e liberar as áreas agrícolas de menor produtividade para o cumprimento de leis e metas ambientais.

O aumento da produtividade média da pecuária brasileira de 4,4 para 9 arrobas por hectare por ano permitiria não só a atingir a meta brasileira de recuperar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030, como também zerar o desmatamento ilegal e liberar 30 milhões de hectares para a agricultura.

Três quartos da área agrícola brasileira são ocupados hoje pela pecuária, com baixíssima produtividade média. Se tivéssemos uma boa política agrícola, voltada à tecnificação da pecuária, seria possível aumentar a produtividade da atividade e, assim, liberar pelo menos 32 milhões de hectares de pastagem para outras culturas, mantendo a mesma quantidade de cabeças de gado atual”, disse Rodrigues.

O aumento da produtividade das pastagens nos próximos 30 anos seria suficiente, considerando o Brasil como um todo, para garantir o cumprimento de leis e metas ambientais, como pode ser confirmado nos resultados regionais, afirmam os pesquisadores.

Na Amazônia, por exemplo, para atender a todas as metas de produção agrícola e florestal, de desmatamento ilegal zero e de recuperação da vegetação nativa – visando legalizar ambientalmente as propriedades rurais e ainda potencializar os serviços ecossistêmicos –, seria preciso ampliar a produtividade das pastagens do nível atual de 46% para 63-75% do seu potencial sustentável, em 15 anos.

Na Mata Atlântica, esse mesmo processo necessita de um aumento dos atuais 24% para 30-34% do seu potencial, sendo que tal incremento é possível apenas aplicando o conhecimento básico de manejo de pastagens. No Cerrado, bastaria sair dos 35% vigentes para 65% do seu potencial sustentável até 2050 para harmonizar expansão agrícola sustentável, restauração em áreas prioritárias e desmatamento ilegal zero.

Não há nenhuma justificativa para o desmatamento que está acontecendo na Amazônia e no Cerrado agora, porque estamos gerando ainda mais pecuária de baixa produtividade”, afirmou Rodrigues.

Segundo o documento, o aumento da produtividade nas áreas já agrícolas e a adoção de modelos econômicos alternativos nas áreas com menor potencial agrícola – como aquelas com restrições à produção mecanizada, as ocupadas por vegetação nativa, florestas nativas com aproveitamento econômico sustentável e sistemas agroflorestais biodiversos – também são essenciais para alavancar os benefícios financeiros diretos e indiretos em curto prazo.

Somando a exploração econômica das áreas marginais restauradas com fins comerciais, como sistemas agroflorestais biodiversos, e o ganho proporcionado pelo uso destas áreas para compensação de Reserva Legal de propriedades rurais com débito ambiental, torna-se financeiramente viável a reconversão de áreas agrícolas marginais para vegetação nativa.

Em Paragominas, no Pará, em apenas quatro anos, propriedades de pecuária irregulares ambientalmente e de baixa produtividade regularizaram suas exigências ambientais legais e aumentaram a produtividade da agropecuária em quatro vezes e ainda passaram a explorar a Reserva Legal de forma sustentável, plantando madeira e frutíferas nativas, diversificando a produção, exemplifica o sumário.

Há vários outros exemplos de projetos de pecuária sustentável no país, em que são tecnificadas as melhores áreas para a pastagem e as áreas marginais, que são as Áreas de Preservação Permanente [APPs] para proteção da água, do solo e da biodiversidade. As áreas agrícolas de menor aptidão agrícola, que cabem no conceito de reserva legal, são ocupadas com florestas econômicas biodiversas, para a recuperação ambiental e produtiva da propriedade”, disse Rodrigues.


Restauração planejada

De acordo com Carlos Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), membro da coordenação da BPBES e do BIOTA-FAPESP, o Brasil tem a oportunidade de desenvolver um programa de recuperação da vegetação nativa ímpar no mundo para áreas florestadas da Mata Atlântica e Amazônia. Isso porque o país pode contar com uma grande diversidade de espécies em projetos de restauração.

Há projetos grandes e bem-sucedidos de restauração em andamento em países como a China, mas a diversidade de espécies usadas é baixa, pois a variedade que possuem é muito menor do que a encontrada na Mata Atlântica e na Amazônia, por exemplo”, comparou.

A alta diversidade de espécies encontrada nesses biomas brasileiros permite que a restauração seja muito mais funcional, explicou Joly. “Além das vantagens comuns, como a melhoria da estabilidade do solo e o aumento na retenção de água – e, consequentemente, maior recarga de aquíferos –, um programa de restauração com alta diversidade de espécies permite incluir plantas que podem ser fontes de alimentos ou que são importantes para manutenção de polinizadores, como abelhas”, disse.

Um dos gargalos para implantar grandes projetos de restauração em biomas como a Amazônia é a disponibilidade de mudas, apontam os pesquisadores. Mas esse problema seria dirimido à medida que aumentasse a demanda, ponderam.

Se realmente existir vontade política de implementar programas de restauração em larga escala, o mercado de produção de mudas imediatamente aqueceria, porque há conhecimento suficiente”, afirmou Joly.

Hoje é difícil encontrar uma alta diversidade de mudas de espécies nativas para restauração porque a demanda é muito baixa. Mas ao estabelecer um programa de restauração, é possível reativar toda uma cadeia, que vai desde a coleta de sementes, passando pelo plantio até o acompanhamento das mudas no campo”, afirmou.

A restauração, se bem planejada e implementada na paisagem, pode aumentar em mais de 200% a conservação da biodiversidade, indica o sumário.

Na Mata Atlântica, por exemplo, a recuperação do débito de Reserva Legal (de 5 milhões de hectares) pode evitar até 26% de extinção de espécies (2.864 espécies de plantas e animais) e sequestrar 1 bilhão de toneladas de CO2 equivalente. A relação custo-efetividade desse cenário é oito vezes maior se comparada a um contexto sem priorização espacial, o que aumenta em 257% a extinção evitada de espécies e em 105% o sequestro de carbono, além de reduzir os custos em 57%.

A condução da regeneração natural em áreas com condições ambientais e socioeconômicas favoráveis no bioma pode reduzir em até 77% o custo de implementação da restauração nos próximos 20 anos.

Hoje, por meio de ferramentas de modelagem, é possível avaliar o custo-benefício da restauração com diferentes funções, como para ter a maior diversidade possível de espécies de árvores ou maior eficiência em termos de custo da área e da mão de obra empregada”, disse Joly.

Ao cruzar esses objetivos, os sistemas de modelagem permitem mapear e selecionar áreas com maiores chances de atingir os objetivos de baixo custo, com a maior diversidade de espécies e efetividade de restauração. Com isso é possível aumentar a escala de restauração”, explicou.




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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Dirigível não tripulado para o monitoramento ambiental entrará em operação em 2020 na Amazônia


Imagem ilustrativa. Divulgação: UNICAMP

Tópico 01516

Noamay – “cuidar e proteger”, na língua yanomami – é o nome dado a um dirigível que deve entrar em operação, em caráter experimental, no contexto socioeconômico e ambiental da Amazônia – a previsão é para 2020. O projeto temático InSAC (Fapesp-CNPq), iniciado em 2014 e que vai até 2021, envolve sete grupos de trabalho, sendo um da Unicamp (Faculdade de Engenharia Mecânica, FEM) e de outras diferentes instituições e empresas.

O projeto segue uma nova concepção de aeronave não tripulada “mais leve que o ar”, capacitada para voar de forma autônoma e coletar dados do ar, do solo e da vegetação, bem como sinais de rádio emitidos por colares em animais. O Noamay, antes denominado Droni (Dirigível Robótico de Concepção Inovadora), foi assim rebatizado quando executou seu primeiro voo teleguiado, em 2018.

Ely Carneiro de Paiva, professor da FEM e pesquisador principal do grupo de trabalho da Unicamp, explica que o dirigível Noamay é um projeto inovador por conta dos quatro motores elétricos dotados de hélices orientáveis, para que possam girar em 360 graus, no chamado sistema de vetorização multidimensional. “O dirigível é muito eficiente para monitoramento por ser silencioso, quando utiliza motores elétricos, como em nosso caso. Ele deverá realizar ensaios preliminares próximo a Tefé, a 500 quilômetros de barco de Manaus. Junto desse município estão duas reservas ambientais – Amanã e Mamirauá”.

Na reserva Mamirauá localiza-se o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), parceiro do projeto e onde invariavelmente se realizam os primeiros testes de todos os projetos científicos relacionados com a Amazônia. “A título de exemplo, um desses projetos, dos nossos parceiros da UFAM [Universidade Federal do Amazonas] com centros de pesquisa da Espanha e Austrália, denominado Providence, está colocando uma rede de câmeras e microfones escondidos na floresta, sendo que os dados são transmitidos em tempo real para os pesquisadores via satélite”.

O projeto da construção e operação do dirigível Noamay é uma iniciativa do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer – CTI. Segundo Paiva, o grupo da Unicamp é responsável pelo software de controle e guiamento automático do dirigível, sendo que o CTI-Renato Archer e o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) são os responsáveis pelo sistema eletrônico e de comunicação embarcados. “No simulador, já obtivemos resultados do controle de voo completo, com o dirigível subindo e descendo na vertical e percorrendo os pontos de observação. A próxima etapa será embarcar o sistema no dirigível efetivamente. Estamos em fase de transição do projeto para a UFAM e corrigindo um pequeno problema de excesso de peso para que o dirigível voe com o máximo de autonomia”.

O projeto Noamay já rendeu duas teses de doutorado na Unicamp, a última delas defendida agora em 8 de agosto por Henrique de Souza Vieira, aluno de Ely Paiva que trabalhou com os controles para o rastreamento de trajetória do dirigível. “Para um voo autônomo completo, que inclua decolar, pairar sobre um ponto escolhido e fazer o pouso, existem grandes desafios no que diz respeito ao controle. Controles automáticos podem ser classificados como lineares ou não lineares. Esta tese aborda o seguimento da trajetória, controle de posicionamento e navegação de um dirigível robótico com propulsores elétricos orientáveis, usando técnicas de controle não linear”, esclarece o autor da pesquisa.

Ely Paiva salienta que o projeto temático é conduzido pela USP de São Carlos, sob a coordenação do professor Marco Henrique Terra, e está focado principalmente em robótica móvel. “Temos os robôs subaquáticos, com o pessoal da Coppe [Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da UFRJ]; os robôs terrestres, com USP e Unicamp; e também os drones (veículos aéreos não tripulados do tipo multirotores), com UFMG e USP-São Carlos, além de outros parceiros. Este projeto do dirigível, na verdade, é a continuação do projeto Droni, coordenado pelo pesquisador Samuel Bueno, que se aposentou recentemente”.

Este dirigível de concepção inovadora foi projetado e construído pela empresa Omega AeroSystems, do Paraná, que também fez parte do projeto Droni e está corrigindo o problema de excesso de peso para os testes com o sistema embarcado na reserva Marirauá. O dirigível mede 11 metros de comprimento, com diâmetro de 2,5 metros na parte central, pesando 38 quilos sem o gás hélio (apenas com os equipamentos para voo) e capacidade para mais 6 quilos de carga útil – vazio e dobrado, ele cabe dentro de uma mala grande de viagem.

O docente da FEM acrescenta que o Noamay é um projeto piloto e, por isso, tem autonomia para ficar uma hora no ar, sendo que a ideia é construir um segundo dirigível, de tamanho maior e que poderia pairar o dia inteiro sobre um ponto de observação, consumindo energia apenas para se deslocar. “A coordenação agora ficará a cargo do professor Reginaldo Carvalho, da UFAM, que possui mini-aviões, drones, um balão para telecomunicações e muitas ideias, uma delas de utilizar drones para levar remédios até as comunidades ao longo do rio, acessíveis somente por barcos; outra ideia é evoluir o projeto Providence, que citei anteriormente, com Austrália e Espanha, para chegar até 1.000 sensores na floresta, inicialmente no pé das árvores e depois na copa, visando monitorar animais e eventualmente detectar invasões”.


Ideal para monitoramento

Na opinião do pesquisador, o dirigível é o veículo ideal para monitoramento na Amazônia, não apenas por ser silencioso, mas também porque a região possui a menor média de ventos do país. “Se o vento for forte, pode gerar instabilidade no dirigível, especialmente em baixa altitude. Luciana Gatti, importante pesquisadora do Inpe [Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais] e mãe de um ex-aluno meu, utiliza aviões para medir CO2 e outros gases na atmosfera da Amazônia, e teve uma pesquisa sua na capa da revista Nature em 2014, onde ela mostrou que em 2010 a floresta emitiu mais CO2 do que absorveu, ou seja, virou geradora de gás carbônico naquele ano”.

Recentemente, Samuel Bueno e Luciana Gatti discutiram a possibilidade de a pesquisadora do Inpe utilizar sensores para baixa altitude, quando for concretizada a ideia de transformar o Noamay em uma plataforma multiuso, como uma alternativa aos voos tripulados, que são muito caros. “Os monitoramentos ambiental e agrícola estão muito relacionados. Com o dirigível é possível monitorar, por imagens, a coloração do solo (nível de nutrientes) ou da vegetação (indicativo de pragas), a 100 ou 500 metros de altitude, oferecendo outro tipo de informação em comparação com o satélite, por exemplo, que opera a grandes altitudes”.

O professor da Unicamp salienta que há muitas pesquisas em andamento também com o chamado UAV (sigla em inglês para veículo aéreo não tripulado), tanto na agricultura como no monitoramento de linhas de transmissão de energia e gasodutos. “Drones têm sido usados, mas eles não possuem autonomia suficiente para linhas de grande extensão. O professor Reginaldo Carvalho, da UFAM, teve a ideia de utilizar o dirigível como nave-mãe para abastecimento de drones, isso em 2010, mas foi a empresa Amazon que lançou a patente. Acho que o futuro é este: drones, quando a aplicação exige velocidade, e o dirigível, quando é preciso silêncio e maior autonomia; ou a combinação de ambos. O exército dos Estados Unidos já desenvolveu um dirigível capaz de permanecer doze dias no ar, para monitoramento no Afeganistão”.


Duas décadas de pesquisas e o primeiro voo autônomo

Os pesquisadores do projeto Noamay estão trabalhando com dirigíveis há mais de 20 anos e o professor Ely Paiva participa dos projetos desde o início, quando uma parceria entre o CTI (então Centro de Pesquisas Renato Archer, CenPRA) e o IST (Instituto Superior Técnico) de Lisboa resultou no primeiro voo autônomo de um dirigível no mundo, no dia 4 de março de 2000. Naquela altura, toda a componente tecnológica do projeto era coordenada pelo pesquisador Josué Ramos, do CTI, que havia também desenvolvido um simulador de voo preliminar.

Antes de vir para a Unicamp em 2010, tinha trabalhado como pesquisador do CTI desde 1998, quando iniciamos um projeto de cooperação com o professor José Azinheira, do IST, para evoluir o simulador do antigo dirigível, que tinha apenas dois motores de combustão e um GPS grande demais, que pesava meio quilo – não era bom para monitoramento”, recorda Ely Paiva. “O Noamay, além de quatro motores, é muito mais ágil nas manobras no ar, e traz outras técnicas que não tínhamos testado e que validamos agora no simulador”, afirmou Josué Ramos.

Henrique Vieira, orientado de Paiva, veio à Unicamp para a defesa de tese de doutorado, mas já vem acompanhando a sequência do projeto Noamay na UFAM, junto ao professor José Reginaldo Hughes Carvalho, agora com bolsa da Fapean (Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas). Na tese, o autor faz um histórico desta colaboração multi-institucional que prossegue no âmbito do Projeto Temático InSAC- Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC).

Vieira conta que o Noamay é uma evolução do projeto Aurora (sigla em inglês para Dirigível Robótico Autônomo Não Tripulado para Monitoramento Remoto), também criado pelo CTI, em 1997, centrado na criação de tecnologias para operação autônoma de uma aeronave para monitoramento ambiental e missões de controle aéreo.

Dentre diversas parcerias para a execução do projeto Aurora, a inicial foi com o IST-Lisboa, tendo como marco o primeiro voo autônomo de um dirigível da literatura científica, no ano 2000 – o segundo seria realizado somente alguns anos depois, em Stuttgart, na Alemanha.

Uma cooperação recente se deu com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), uma organização social fomentada e supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que desenvolve suas atividades nas áreas das Reservas Mamirauá e Amanã (que somam 3,5 milhões de hectares), na região do Médio Solimões (AM). Outras parcerias igualmente importantes surgiriam no decorrer do projeto, com ITA, UFAM e Unicamp, além de universidades da França e do Reino Unido.

Conforme Henrique Vieira, o pioneiro projeto Aurora levou a uma nova concepção de aeronave, utilizando uma configuração de propulsão diferente, com quatro propulsores elétricos vetorizáveis (substituindo o par clássico de motor a combustão) para aumentar a manobrabilidade do dirigível, especialmente em baixas velocidades. Esta evolução recebeu o nome de Noamay, passando a integrar o InSAC em 2017. Dentro deste projeto temático, o dirigível se enquadra especificamente no grupo de trabalho de plataformas aéreas mais leves que o ar para sistemas de detecção, comunicação e informação para a Amazônia.




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quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo viabiliza projetos de eficiência energética nos fóruns a custo zero


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 01515

O Tribunal de Justiça de São Paulo teve a confirmação da CPFL Energia para a realização de projetos de eficiência energética em três unidades paulistas a custo zero para o Judiciário.

A aprovação consiste na substituição, em andamento, de luminárias convencionais por lâmpadas leds na Cidade Judiciária de Campinas e nos fóruns de Santos e de Sorocaba. Além disso, para esta última unidade, já foi feito o pedido de compra de uma usina solar fotovoltaica de 100 kWp* (lê-se "quilo-watt pico") para implantação ainda neste ano.

Embora esses projetos somados totalizem investimentos de material e mão de obra na ordem de R$ 623 mil, o TJSP não terá gasto algum com as melhorias e, ao mesmo tempo, terá modernizada a luminosidade das comarcas, com redução da conta e do consumo de energia.

Isso porque as obras estão inseridas no Programa de Eficiência Energética (PEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que busca potencializar os benefícios da economia de energia por meio de projetos que promovam o uso racional do recurso e demonstrem, na prática, os benefícios do combate ao desperdício.

A Lei nº 13.280, de 3/5/16, que regula o PEE, obriga as empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica a destinar 1% da receita anual em investimentos de eficiência energética em prédios públicos, escolas, hospitais e creches municipais.

Identificada essa oportunidade, a Presidência do TJSP, com assistência da Coordenadoria de Apoio Técnico – Energia (SAAB 1.7), enviou um ofício requisitando a aplicação de recursos ainda disponíveis do PEE em seis unidades do interior do Estado. Em julho, a CPFL respondeu aprovando as obras em três unidades para este ano e assumindo o compromisso de inserir os demais fóruns – Itapetininga, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto – no planejamento de atendimento futuro.

Essa iniciativa visa a não somente reduzir custos financeiros do Tribunal, mas também a criar uma cultura de melhor uso dos bens públicos para promover a conscientização sobre a importância de uma gestão cada vez mais eficiente dos recursos. Na medida em que racionalizamos o uso da energia, estamos contribuindo para a preservação ambiental, bem como cumprindo a agenda 2030 no Poder Judiciário”, afirmou o desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, presidente do TJSP.

Para além de aproveitar as verbas excedentes do PEE, o objetivo do Tribunal é participar anualmente de toda a etapa de seleção de empresas e de diagnóstico técnico para projetos nos cerca de 800 prédios em todo o Estado. O edital para aplicação das companhias que pretendem representar o TJSP nas chamadas públicas do PEE em 2020 será publicado ainda neste ano.

A iniciativa está em linha com o TJ Sustentável, programa iniciado em 2015 que conta com sugestões de servidores e apoio da Administração para implantação de projetos de sustentabilidade em prédios do Judiciário paulista.




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quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Dica: Centro de Pesquisa para Inovação em Gás lança mapas interativos com o tema “Biogás, Biometano e Potência Elétrica em São Paulo


Imagem ilustrativa. Divulgação: Fapesp

Tópico 01514

O Centro de Pesquisa para Inovação em Gás (RCGI) lançou um conjunto inédito de mapas interativos com o tema “Biogás, Biometano e Potência Elétrica em São Paulo”.

Disponíveis na internet, os mapas estimam o potencial de produção de biogás e biometano no Estado e o potencial elétrico a partir do biogás, por município, de acordo com três grandes fontes de obtenção do gás: resíduos de criação animal, resíduos urbanos e setor sucroalcooleiro.

O RCGI é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP em parceria com a empresa Shell.

Os dados mostram que o potencial de energia elétrica gerada anualmente a partir de biogás em São Paulo é de 36.197 gigawatt-hora (GWh), o que corresponde a 93% do consumo residencial paulista. O potencial anual de biometano poderia exceder em 3,87 bilhões de normal metro cúbico (Nm3) o volume anual de gás natural comercializado ou substituir 72% do diesel comercializado.

O setor sucroalcooleiro é o que apresenta o maior potencial de aproveitamento de biogás. Em 10 municípios com maior concentração de resíduos, o potencial de biogás é de mais de 3 bilhões Nm3 na safra. Se fossem transformados em biometano, isso corresponderia a 65% do consumo de gás natural no Estado. Ou 32 mil GWh, se fossem aproveitados na geração de eletricidade com biogás”, disse a coordenadora do projeto, Suani Coelho, professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do RCGI.

Os mapas foram elaborados com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), do Datagro, do Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogás), da Sabesp e da Gasbrasiliano. Podem ser acessados em português ou inglês, e a manipulação deles é fácil e intuitiva.


Dados abrangentes

Além de informações relacionadas ao potencial de biogás e biometano no Estado, é possível saber onde estão os gasodutos, as linhas de transmissão de energia elétrica, as unidades de conservação, os pontos de entrega de gás existentes, entre outras informações importantes para o planejamento energético dos municípios.

O potencial total das três grandes fontes de obtenção do gás também se desdobra em outros mapas mais específicos. Por exemplo: o grupo “resíduos de criação animal” tem mapas específicos para suinocultura, bovinocultura e avicultura. O grupo “resíduos urbanos” também tem mapas distintos para o potencial dos aterros sanitários e o das estações de tratamento de esgoto. “E o setor sucroalcooleiro traz um mapa para a totalidade dos resíduos – vinhaça, torta de filtro e palha de cana – e um somente para a vinhaça, que representa grande parte do potencial de obtenção de biogás, biometano e de geração de energia elétrica em São Paulo”, contou Coelho.

O projeto é resultado de longo trabalho da pesquisadora na área, cujo primeiro fruto foi a publicação, em 2009, do Atlas de Bioenergia do Brasil, com informações sobre o potencial de aproveitamento de biomassa no Brasil por município e tipo de biomassa. O avanço para mapas interativos, com diversas camadas de informações, teve o suporte do RCGI, centro em que Coelho lidera um dos projetos. Além dela, integram a equipe as engenheiras Marilin Mariano dos Santos e Vanessa Pecora Garcilasso, com a colaboração do mestrando Diego Bonfim de Souza.


Novas informações

O grupo de pesquisa pretende inserir novas bases de dados nos mapas. “Estamos realizando simulações com relação à injeção do biometano na rede para saber, por exemplo, qual seria o impacto na tarifa para os consumidores e quanto se evitaria de emissões de gases de efeito estufa. Também estamos simulando qual seria o impacto da substituição do diesel por biometano na indústria sucroalcooleira”, disse a professora.

Um projeto de pesquisa e desenvolvimento com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) também está em andamento.

O objetivo é elaborar o Atlas de Bioenergia para São Paulo, que não será focado apenas em biogás e biometano, mas também em biomassa sólida: bagaço de cana, resíduo florestal etc. Será elaborado um mapa interativo com os potenciais de geração de eletricidade, que deverá ser lançado no início de 2020”, disse.



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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Instituto Chico Mendes prevê medidas de proteção para 135 espécies ameaçadas de extinção que vivem no mar


Imagem ilustrativa. Divulgação: Ministério do Meio Ambiente

Tópico 01513

Autarquia do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra as unidades de conservação e centros especializados em fauna, flora e patrimônio espeleológico (cavernas), acaba de aprovar três planos de ação nacional (PANs) para a conservação de 135 espécies ameaçadas de extinção.

Os PANs contemplam peixes e eglas (crustáceos que vivem em água doce) da Mata Atlântica, peixes amazônicos e cetáceos marinhos (principalmente, golfinhos e baleias), de acordo com as portarias publicadas na quarta-feira (7), no Diário Oficial da União.

Os planos preveem uma série de medidas para salvar esses animais. As ações devem ser compartilhadas por governos, universidades, centros de pesquisas, empresas privadas e entidades da sociedade civil nos próximos cinco anos.


MATA ATLÂNTICA

O PAN Peixes e Eglas da Mata Atlântica contempla 90 espécies, como o peixe vermelha (Brycon vermelha, acima). O objetivo é melhorar o estado de conservação e alertar a sociedade para os impactos das atividades humanas sobre os animais e seus hábitat (rios e riachos do bioma).

Para isso, busca reduzir os efeitos negativos da agropecuária, barramentos, lavras e disposição de dejetos nas bacias hidrográficas onde ocorrem as espécies-alvo do plano, promovendo, paralelamente, a recomposição da vegetação ribeirinha.

As ações deverão ser coordenadas pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Aquática Continental (Cepta), do ICMBio.

Já o PAN Peixes Amazônicos inclui 38 espécies, entre elas o peixe zebra (Hipancistrus zebra, acima), e tem como principal finalidade fortalecer estratégias de gestão, proteção e conservação e ampliar o conhecimento sobre as espécies-alvo e suas ameaças.

Para isso, são propostas, entre outras medidas, a proteção dos peixes em áreas de mineração e agropecuária, empreendimentos hidrelétricos e hidroviários e o estímulo à pesquisa e ao monitoramento, além da redução da captura e do comércio ilegal das espécies.

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam) é o coordenador do PAN, com supervisão da Coordenação Geral de Estratégias para a Conservação, da Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio), do ICMBio.


MARINHO

 O PAN Cetáceos Marinhos abrange sete espécies em risco de extinção, como as baleias francas (foto acima). As ações previstas no plano buscam melhorar o estado de conservação e mitigar os impactos antrópicos (produzidos pelo homem), minimizando as ameaças.

Nesse sentido, foram definidos dez objetivos específicos, entre eles, a redução das capturas acidentais, intencionais e enredamentos; a diminuição da poluição nos ambientes marinhos e contaminação de cetáceos pelo lixo no mar; e a redução da ocorrência de colisões de embarcações com cetáceos.

O plano, que busca fortalecer as políticas públicas para conservação de cetáceos marinhos, tem a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), também do ICMBio.




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