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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MMA lidera ações para preservar o litoral brasileiro dos efeitos do aquecimento global


Imagem ilustrativa: Praia de Bombinhas. Divulvação MMA.

Tópico 1217

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) promoverá a integração entre órgãos de governo e universidades para diminuir a vulnerabilidade do litoral brasileiro aos efeitos do aquecimento global. Ocorrerá, nesta terça-feira (24/11), em Brasília, o curso “Gestão de Riscos às Mudanças do Clima em Zona Costeira”. O objetivo é apresentar os resultados de estudos já desenvolvidos aos gestores convidados para participar e, com isso, fomentar parcerias para fortalecer medidas nessa área.

No encontro, será apresentado o estudo piloto desenvolvido em parte do litoral catarinense, entre as praias de Piçarras e Bombinhas. Financiado pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), o projeto analisa a região e é desenvolvido pelo Instituto de Hidráulica da Cantábria (IHC/Espanha), com a participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com o curso, a intenção é induzir uma discussão com os governos dos Estados costeiros no sentido de desenvolver novas ações de adaptação.


Inundação

O estudo “Geração e integração dos bancos de dados de séries climáticas históricas e projeção de mudanças do clima para gestão de riscos costeiros no estado de Santa Catarina” identifica a cota de inundação da região. A partir da análise da dinâmica do local, o levantamento inclui os possíveis impactos de erosão e inundação, decorrentes das variações de cenários de mudanças do clima para os próximos 50 e 100 anos.

A iniciativa faz parte do projeto “Desenvolvimento Sustentável Brasileiro e sua Integração com a América do Sul“, do MMA e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas (Cepal). A expectativa é que a cooperação produza um mapeamento dos demais estados costeiros do País.


Saiba mais

As zonas costeiras são regiões bastante ameaçadas pelas mudanças do clima. Entre os riscos, há a elevação do nível do mar e o aumento da freqüência de eventos extremos, além da erosão e inundação, a intrusão salina e o comprometimento dos recursos naturais e da biodiversidade. A estimativa dos valores materiais potencialmente em risco na zona costeira é de R$ 136 bilhões, de acordo com o estudo realizado pela COPPE/UFRJ.

Nesse cenário, as ações de adaptação se referem a iniciativas e medidas capazes de reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima. Ou seja, é uma forma de resposta para lidar com possíveis impactos e explorar eventuais oportunidades. A elaboração de uma estratégia de adaptação envolve, entre outras coisas, a identificação da exposição a esses impactos com base em projeções e cenários climáticos.


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Um comentário:

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