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quinta-feira, 28 de março de 2013

Revolução tecnológica para retardar o corte ilegal de árvores


Imagem ilustrativa - Clique para ampliar


Nosso futuro está indissociavelmente conectado às florestas. Os benefícios econômicos e sociais providos por elas são essenciais para garantir um amanhã sustentável. Um teste decisivo para o nosso comprometimento com este futuro é a nossa resposta à uma ameaça global: o corte ilegal de árvores e comércio criminoso de madeira.

Florestas são uma fonte vital de biodiversidade e sustento. Mais de 1,6 bilhão de pessoas precisam das florestas para a sua subsistências, incluindo 60 milhões de índios com dependência integral às matas. São também reservas naturais de carbonos e aliadas no combate às mudanças climáticas. E fontes de água limpa para bacias de lagos e rios.

Enquanto o desmatamento está diminuindo em algumas regiões do planeta – mais notavelmente no Brasil – a média mundial ainda é alta. A redução de cobertura nas florestas é responsável por até 17% de todas as emissões de gases estufas geradas pelo homem, 50% maior que as emissões de navios, aviação e transporte terrestre combinadas.


CRIME ORGANIZADO NAS FLORESTAS GLOBAIS

É cada vez mais evidente que uma fatia importante desta perda de cobertura e aumento de emissões está relacionada com o corte ilegal de madeira e o crime organizado em países das bacias Amazônica, do Rio Congo e no Sudeste Asiático. De fato, o relatório 'Carbono Verde: Mercado Negro', divulgado recentemente pelo PNUMA e a Interpol, estima que as atividades ilegais representam de 50% a 90% de todo o corte de madeira nessas regiões – um comércio criminoso que movimenta entre 30 e 100 bilhões de dólares todos os anos.

Operações ilegais, incluindo subornos e até a invasão de redes de dados governamentais, estão se tornando cada vez mais sofisticadas. Madeireiros e traficantes de madeira trocam rapidamente de áreas de atuação para fugir da fiscalização local e internacional, misturando árvores cortadas ilegalmente com toras extraídas legalmente ou mascarando a mercadoria como madeira cultivada.

Com o crescimento de atividade ilegal relativa às florestas, crimes como assassinato também aumentam. O envolvimento de cartéis de crime deve ser de grande preocupação para governos, empresas, agentes conservacionistas e para toda a sociedade.

Mas há também boas notícias que podem auxiliar a combater criminosos e ladrões de recursos naturais. O Panorama Global Ambiental 5 (GEO 5), uma publicação do PNUMA, apontou a queda nos índices de desmatamento – de mais de 25 mil km² por ano para pouco acima dos 5 mil km² anuais – na Amazônia brasileira, resultado em parte de um esforço de fiscalização mais ágil e determinado. Enquanto isso, na Indonésia, o presidente Susilo Bambang Yudhoyono estabeleceu uma moratória contra novos cortes de árvores que ajudou a reduzir o desmatamento e as atividades ilegais no país.

Empresas estão começando a se juntar ao esforço global. Recentemente, a Asia Pulp and Paper anunciou que não comprará mais madeira originária de florestas naturais.

A Interpol e o PNUMA, por meio do Grid Arendal Centre, na Noruega, estabeleceram um projeto-piloto denominado Leaf (Aplicação da Lei de Assistência para Florestas, na sigla em inglês), para montar um sistema global de combate a este crime.


A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA

A peça final para o quebra-cabeça surge agora: alertas rápidos, online, que o desmatamento está em andamento, em especial em alguma lugar remoto. Até hoje, até as imagens dos satélites de monitoramento serem geradas, os criminosos já estavam distante. O gado já está pastando em meio aos tocos de árvores cortadas, uma plantação ilegal já foi feita e o apoio financeiro de uma empresa sobre serviços ecossistêmicos – agora degradado – possivelmente já foi pago. Os mapas de florestas mais recentes da Indonésia, produzidos com informações de satélites Landsat, levaram três anos para serem publicados. Isto não é fora do comum: geralmente, leva-se entre três e cinco anos para se produzir um mapa nacional de cobertura florestal.

Tudo isso está para mudar com auxílio de um trabalho inovador coordenado pelo Instituto de Recursos Naturais em parceria com o PNUMA, empresas e organizações não governamentais de todo o planeta.

O Global Forest Watch 2.0, que será lançado ainda este ano, usará tecnologia de monitoramento remoto para montar mapas de desmatamento em alta resolução, quase em tempo real, em uma plataforma simples. O sistema emitirá alertas globais de desmatamento para identificar extração ilegal de mateiras e locais recorrentes de exploração ilegal, combinado informações de satélites com dados de comunidades locais.

Tecnologias como o Global Forest Watch 2.0 têm potencial para democratizar o gerenciamento e a proteção de florestas. Imagine que um analista de um grupo de conservação de florestas de Jacarta possa receber um alerta por mídias sociais sobre desmatamento. Ele pode notificar as autoridades para ir até o local e registrar a ação em imagens, iniciando uma ação para salvar a área e prender os madeireiros ilegais.

Ou considere que a Vice-Presidente para Sustentabilidade de uma grande corporação global deseja verificar que o óleo de origem vegetal adquirido pela empresa tem origem legal. Ela desconfia que seus fornecedores no Equador utilizam produtos originários de áreas críticas. Pode acessar o novo sistema na internet e apurar que uma floresta primária foi derrubada. A empresa poderá suspender a comprar e utilizar essa informação para questionar o fornecedor.

O tempo irá dizer qual o real impacto dessas tecnologias. Mas, na comemoração global do primeiro Dia Internacional de Floresta, é importante encorajar alianças entre governos, empresas, organizações civis e agentes da lei no combate ao corte ilegal de madeira. É chegada a hora de valorizar as oportunidades para conservar florestas e favorecer a Economia Verde.


Artigo publicado no jornal The Guardian em 22.03.2013, por Achim Steiner, Subsecretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, e Andrew Steer, Presidente do Instituto de Recursos Mundiais (WRI).


Fontes: Jornal The Guardian e Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente.

Tópico elaborado por Marcelo Gil.


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Um comentário:

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